quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Como eu acho aquela cor de novo?

Eu estava me sentindo ilícita, me sentindo ilícita e ignorada e tentando entender que tipo de espírito cruel se faria interessado em algo que ele não liga.
Eu pensei em pagamentos e não é como se um Hobbit fosse irresistível.
É igual a todos os outros, igual a cada um deles e por que gostar desse que um dia é a fofura e no outro é nada?
Por que me importar quando eu realmente poderia estar com metade das pessoas que eu conheço e metade porque a outra ou é mocinha ou é parente.
Mocinha.

Eu fui procurar um batom que eu tenho, um batom vermelho que é o melhor do mundo e custou três reais ou menos.
Eu levei ele pra viajar comigo,
Eu queria tanto estar viajando agora.
Eu queria tanto estar bem longe daqui, dessa dimensão, desse medo social, desse eu faço tanto e ainda assim é como se nada fosse porque o que manda são os reais e não os sonhados.
Nada que é sonho vale algo.
Mas eu acho que vale, eu acho que devia valer.


Eu quebrei um pote de vidro que eu tinha há muito tempo e cortei meu dedo, eu não sei se ainda tem vidro lá, eu não sei que cores eu termino a mandala, eu não sei e eu comi um alfajor, um delicioso alfajor.
Eu devia comer menos e chorar menos e ter mais amigos. Ter algum amigo.

As pessoas elas me tratam tão bem e eu eu trato elas muito bem também, às vezes elas até acham que eu estou apaixonada, mas eu só trato todas elas muito bem, tão bem quanto eu gostaria de ser tratada e sou.

Eu queria que as coisas durassem mais, eu queria ter 13 anos de novo, não importa de tudo de horrível que passou, eu queria ser viva de novo.


De novo.



E de novo.

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