domingo, 16 de outubro de 2016

Estudar é uma constante.

Ou deveria ser.
Todo dia aprender algo novo, algos novos.
É triste que seja tão possível viver uma vida sem curiosidade.
Você nasce, cresce, vai pra escola e enquanto é desenho e massinha você adora, mas de repente tiram isso de você.
As matérias que começam a te apresentar desconsideram inteiramente a possibilidade de existir algum artista entre tantas crianças.
O conhecimento.
O conhecimento fica lá, como um estorvo.
O professor tratado como alguém desagradabilíssimo, ganhando mal, sendo ameaçado, não tendo voz, valor ou qualquer possibilidade de se defender.
Desconsidera-se também completamente o melhor método de aprendizado pra cada aluno, as classes são separadas de maneira aleatória, nenhum teste ou conversa pra saber quais alunos aprendem igual, quais alunos teriam mais afinidades, quais alunos poderiam se ajudar. Não.
A escola é uma competição.
Seja competindo pra ver quem é o mais inteligente e tira as melhores notas, seja competindo pra ver quem é o mais burro e tira as piores notas, seja pra competindo pra ver quem mais socializa.
O aprendizado vira outra coisa.
"Quem faz a escola é o aluno" e de fato, o universo está pronto pra te ensinar tudo que você quiser, não tivesse a sua curiosidade sido assassinada pela escola nos termos que ela existe nesse momento.
O interesse em aprender precisa estar necessariamente vinculado a ganhar dinheiro, se não estiver "pra que você gasta tanto tempo com (insira aqui uma atividade que te faz compreender o mundo mil vezes melhor, porém não enche automaticamente o seu bolso de dinheiro)".
"Mas tantas pessoas sérias, nas universidades".
Tanta criança branca, rica, de escola particular nas universidades.
E ainda assim, quando as crianças pobres começam a engatar nas universidades não só são acusadas de despreparo como, em seguida, são expulsas do seu lugar conquistado por um golpe de estado.
E as pessoas desse país foram tão bem educadas que acham isso uma boa ideia.
A apreciação pelo que te faz sentir parte de uma coisa maior, entender o quanto a natureza e você são uma coisa só, os processos que fazem as pessoas serem elas mesmas, descobrir novos músicos, novos pintores, escultores, toda espécie de criação, entender processos científicos que mudam nossa vida todo dia, desafiar sua inteligência. Não.
E sabe por quê?
Porque o mundo é uma competição e só um tipo de inteligência é valorizado.
Ganhar dinheiro.
Pode trapacear, pode passar por cima do "amigo", tá ganhando dinheiro?
"Esperto é ele".
E a gente segue assim, nessa depressão e vontade de morrer constantes, em um mundo onde a curiosidade além do necessário é completamente desestimulada.



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