quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pra que distanciar?

Não é nostalgia, porque nostalgia pra mim é um sentimento de vontade de reviver coisas que passaram, quase um sentimento de perda, mas também não é saudade, "saudade" soa muito fraco pro que estou sentindo.
É um contentar-se descontente, coisa assim.
É um coração explodindo de amor e felicidade sem ter com quem compartilhar.
Não falo de pares românticos, nada disso, são amigos, amigos que por algum estranho motivo a gente não vê tanto quanto gostaria.. Mesmo que more perto, mesmo sendo seu vizinho e mesmo gostando muito de você.
Acho que as pessoas estão sempre a espera de desculpas, de ocasiões, acho que elas tem medo de sair só pra sentar e conversar, que é a coisa mais prazerosa a se fazer quando estamos com amigos.
Então inventamos ocasiões, pic-nic disso, aniversário daquele, nos matriculamos em cursos em comum..
Ao invés de simplesmente trocar a conversa por internet pelo olho no olho, acho que nós estamos ficando tímidos com o passar dos anos, nossos pais não eram assim..
Falando em infância perdida dos nossos país é por eles terem sempre amigos ao seus alcances que sempre os invejei.
"Ah, eu passava a tarde inteira pela rua, com minha turma"
ou
"Nós todos íamos caçar girinos no Campão",
às vezes meus olhos se enchiam de lágrima quando minha mãe contava suas histórias, ela não entendia nada e eu tinha vergonha de dizer que chorava por pensar: "Que inveja".
O que naquela época era um drama (por depender das vontades dos pais alheios e dos meus) hoje em dia seria facilmente resolvido se não fossem os milhares de compromissos que nossos amigos acabam por se envolver com, se não fossem as milhares de distintas rodas de amigos que, por alguma ignorância ou falta de percepção bruta, acabamos por não unir todas, se não fosse pela internet, que nos dá a falsa ilusão de nunca estarmos longe quando às vezes passamos anos sem ver, sentir, cheirar alguém que amamos e nem nos damos conta..
Faço um apelo o mundo: Não deixem de se dedicar a amizades sinceras.
Nada substitui um abraço de amigo ou uma gargalhada sincera compartilhada, nada substitui a presença física, nada.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Bolhas de sabão explodem com cautela.

O tempo vai passando e uma folha cai, Um homem morre, Um bebê nasce, um desenho se forma na nuvem. Em dois (e não somente um) segundos nasce uma paixão, Alguém derrama leite quente em cima do pé e grita, Um velho homem sente cheiro de limões e se sente no paraíso. Então uma criança pobre pela primeira vez sente a areia quente entrando em seus dedinhos E três segundos depois, Antes de poder experimentar seu primeiro mergulho: Morre, de tanta felicidade, ela não sabia amarrar seus cadarços. Uma garota lê "Amor nos Tempos do Cólera" e por isso tem uma idéia genial, Anota em um caderno e esquece. Se não tivesse poderia ter expandido algumas milhares de cabeças, Mas memória humana é fraca e se perde em papéis. Outra menina da mesma idade que se leu dois livros foi muito, Apanha do namorado há três anos, Começou a se cansar, mas não sabe o que fazer. Tem gente desenhando do outro lado da rua, Cores fortes com tintas baratas. O mundo segue seguindo com seus moinhos de ventos e sentimentos despedaçados, Os relógios tictaqueando leves canções que não escutamos. As frutas apodrecem e um dia.. ah, um dia a gente morre.

domingo, 26 de abril de 2009

O Caderno.

Essa música sempre me deixou excepcionalmente emocionada, talvez porque meus velhos cadernos sempre tiveram uma importância enorme pra mim, sempre foram amigos melhores e mais confiáveis do que a maioria dos meus amigos, sempre me ajudaram a aliviar minhas depressões e comemoraram comigo minhas alegrias. Meus antigos cadernos - e os atuais - sempre me ajudaram a ser quem eu finalmente sou, sem eles eu seria tão incompleta quanto uma flor despetalada, sem exageros. Então hoje quando meu avô me presenteou com cadernos e atividades escolares antigas eu não posso descrever muito bem a emoção que senti: uma nostalgia, um orgulho.. Eu me apaixonei pela pessoa que fui há dez anos atrás. Foi com tanta ternura que olhei para aqueles antigos cadernos, ri sozinha com tanto gosto que até meu irmão se sentiu enciumado e veio chamar minha atenção, mas foi inevitável.. Acabei de ler "Meu Pé de Laranja Lima" do José Mauro de Vasconcelos de novo não faz um mês e ver um resumo dele, com minhas palavras de criança, minha letra de criança, minha ingênua interpretação de criança me fez chorar. Comparei minha caligrafia com tanta graça. Ri dizendo que desenhava melhor naquela época do que hoje em dia - tudo bem que não é difícil, mas.. - e realmente me orgulhei, me orgulhei porque sempre andei com as minhas pernas. Eu lembro que quando estava ainda estudava no EMEI Castro Alves a "tia" Sílvia nos deu uma atividade simples: Pintar uma coruja em forma de relógio e fazer ponteiros pra ela. Todas as crianças chegaram com corujinhas evidentemente feitas pelas mães e lindas, no dia eu me entristeci muito (mas não chorei, naquela época eu era forte e não chorava jamais, só quando me batiam muito) e pensei que minha mãe não gostava de mim, minha corujinha parecia tão medíocre se comparada com as outras tão bem pintadas e encapadas com contact.. E hoje eu penso, no final das contas, quem se deu melhor? Minha mãe nunca foi muito presente mas não por falta de vontade e será que se ela tivesse me mimado e pensado por mim hoje eu seria quem sou? Acredito que não. Acredito que não teria minhas idéias nem minha coragem, não teria metade do meu espírito independente e inventor e não iria ao cinema sozinha. Se minha mãe pensasse como a manada de mamães padrões pensam será que eu não pensaria como a manada de adolescentes padrões? É engraçado pensar que sofrimentos nos fazem quem somos. É engraçado pensar que eu gosto da menina da corujinha horrível.. Eu gosto de mim, muito obrigada! E sorte de quem é meu amigo, sorte de quem pode ficar por perto, sorte de quem pode ser honesto comigo. (:

Sad but true.

Hoje depois de muito, muito tempo seca, senti vontade de chorar. De deitar na cama e nunca mais sair. Hoje, depois de muito, muito tempo eu me defini de maneira chula. "Depois de tanto ser mal tratada meu coração ficou amargo e enrigeceu." Chula, mas verdadeira. Triste, mas real. É uma falta de confiança na humanidade, ao mesmo tempo que vejo determinados sorrisos e possibilidades.. Pessoas que fazem tudo por mim e parece que não sei retribuir. Eu me sinto um caco, do fundo do coração. Então minha amiga questionou meu namoro, alegando que era repentino "cuidado pra não se envolver em relacionamentos irreais e acabar de novo decepcionada por medo", eu ri enquanto chorava porque.. Por quê? Eu sei a verdade, mas eu nunca serei honesta com ninguém, eu juro que nunca serei honesta com ninguém.

sábado, 25 de abril de 2009

Cinemin.

- Oi. - Olá, posso ajudá-lo? - Sim. Uma cerveja preta, por favor. - Não tem. - Então uma normal. - Está em falta. - E o que tem? - Tem bolinho de carne seca. - Tá, então me vê um desse. - Ah! Desculpa acabei de lembrar que vendi o último não tem 10 minutos. Mas fora isso o Cinemin é um ótimo bar que eu realmente recomendo, sem ironias.

Uma espécie de justiça.

Então eu me perguntava se a vida valia a pena sem ter sorrisos. E enchendo bexigas sabia que aquilo mais limpar vômito de criança seria uma espécie de inferno, com outro nome que ainda será inventado, porque esse é tosco. Andando no parque eu vi um homem bater na face de uma criança absolutamente linda, depois dela simplesmente ter pedido um sorvete, com força e na cara, então minha vontade foi matar aquele imbecil com qualquer coisa que eu achasse por perto, mas não achei nada. Depois de "Pacto Sinistro" minhas mão pareceram adequadas, mas por carregar uma criança também absolutamente linda no ventre refleti se seria um bom exemplo até concluir que sim. Depois de cuspir na cara daquele corpo inerte eu levei aquele bebê lindo que seria um irmão do meu filho a partir daquele dia pro hospital mais próximo. Ele chorava. Mas eu sabia que não era pelo seu pai, padrasto ou qualquer coisa que aquele agressor deveria ser pra ele e não era, ele chorava de medo, ele nunca mais confiaria em ninguém plenamente, por desde de bebê ter que aprender com pancadas que ninguém, absolutamente ninguém é confiável, nenhum pouco. Então depois de alimentá-lo e batizá-lo de Drácula eu fui comprar pra ele algumas capas negras que depois eu personalizaria. E ele ficou lindo, mais lindo ainda. Mesmo com o rosto marcado e cheio de pontos ele era a criança mais bonita que eu já tinha visto até então. Nos adaptamos um ao outro, eu sabia que ele não sentia falta de quem quer que fosse porque qualquer um teria que protegê-lo da minha 13ª vítima. O engraçado é que as outras doze pessoas que eu já havia matado não me deixaram heranças, nem um gato sequer, nada. Injustiças de ocasião que se repetiam até alguém ter que silenciar e eu era esse alguém. (...)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O Príncipe Necrófilo e os Sete Anões.

Era uma vez sete anões que viviam juntos e felizes. Trabalhavam em uma mina. Um dia voltando da mina encontraram sua casa invadida por uma gigante que acabou morando com eles e se tornando amiga. Então um dia quando eles voltaram da mina encontram a pobrezinha morta, aparentemente envenenada por alguma bruxa psico. Enterram-a em um caixão de vidro (também, que idéia!) e quando avam se conformando com a perda, um Príncipe necrófilo um bocado desrespeitoso raptou a pobre gigante e e começou a se relacionar sexualmente com o cadáver, sumiu e deixou os pobres pequeninos para sempre traumatizados. Fim. Moral da história: Cuidado no que você se enterra.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Assassinato sentimental.

Sofro, desventurada, sofro. Sofro e não posso conter meus gritos de dor. Sofro por medo e tanto medo de sofrer assim. Sofro por ter deixado meu coração e capacidade de amar terem morrido assim tão depressa. O que me magoa é não ter porque ansiar. Ainda tenho meus desejos, minhas vontades e sonhos. Mas vivos os sonhos alheios porque sou covarde, só amo o que é seguro. Choro porque vi a pessoa mais apaixonada e carinhosa do mundo morrer pra nunca mais. A melhor amante se foi e não voltará. Me deixei morrer e virei um outro alguém que não reconheço em mim: Frio, amargo e indiferente. Como pude dar esse poder pra alguém? Mudei sem querer mudar, da amargura do primeiro amor que se tornou ódio, asco e rancor. Ódio, asco e rancor ainda são sentimentos, sentimentos maléficos que eu não me permitiria sentir se tivesse controle sobre. Nem desprezo, um grande nada por uma pessoa nada. Uma pessoa nada que conseguiu me matar. E agora, o que eu faço com tanto carinho, risadas e alegria de viver? Em que parte do meu amargo e doente ser tudo isso cabe? Na minha castidade espero por alguém que me tire da hibernação sentimental, pra me lembrar que amar faz bem e faz rir. Pra me lembrar que - normalmente - isso não tira pedaço de nenhum lado. Pra me lembrar que eu mereço muito mais que uma pessoa nada. Mas minha amargura não quer lembrar disso. Minha amargura quer me ver no leito de morte falando: "Consegui, nunca amei nada ou ninguém. Consegui, tudo que tive até hoje foi raso ou odioso. Consegui, passei pela vida e não levei nada!"

sábado, 18 de abril de 2009

Quem manda em meus olhos.

Três dias longamente divertidos tinham me acumulado olheiras antes do final de semana, eu dormia pesadamente e feliz feliz, apesar de sonhos chatos com pessoas indesejáveis.

Ouvi um choro e sabia do que se tratava, o acolhi em meus braços e acalmei-o dizendo que estava lá, perguntei:

- O que foi?

- Eu não gosto de dormir sozinho.

- Tudo bem, eu estou aqui.

E no que tentava voltar a dormir senti aqueles olhos grandes me olhando, abri os meu:

- Você é a menina mais linda do mundo, Noninho.

- Só porque você é meu irmão.

- Não é. Nono, eu vou mesmo no seu teatro?

- Se você quiser.

- E o que eu vou fazer?

- Morrer. De brincadeirinha, claro.

- Claro, você não é morta né? Observou ele sobre meu último espetáculo.

- Não, não sou.

O sono continuava a me chamar e ele falando:

- O que nós vamos fazer hoje, ermã?

- Não sei, posso dormir?

- Pode.

Mas eu não conseguia ignorar a sorte de poder ficar olhando dentro daqueles olhões carinhosos que me amavam, não resistiria.

Mesmo com sono, mesmo cansada, mesmo totalmente desarmada..

Ele faz o que quer.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Em que momento ficam as melhores idéias?

Montava quebra-cabeças, recebia parentes, amigos, trocava de casa e de mãe, abandonava a escola regular e fazia o que achava feliz, assim, sem mais, vivia como se tivesse um sério câncer e dias contados, mas sem esquecer que viveria muito mais. Adorava a suavidade das brisas e dos abraços e sentia um estranho amor por pessoas que se adoentavam, queria abraçar e cuidar, por isso, quando necessitava de atenção caía mas normalmente não a recebia como receberia se tivesse cuidando de si. Tinha estranhas superstições e uma religião inventada em momentos de reflexão profunda ao marasmo das tardes quase quentes e as barrigas quase cheias. Montava quebra cabeças, desenhava e aperfeiçoava o que já sabia, criava mais do que a maioria e imaginava tudo perfeito, sentia sempre uma paz que ninguém daqui entendia, porque não era uma paz daqui. Via nas cores a mais reconfortante das sensações e no monocromático também, assistia filmes porque isso fazia parte da sua religião, lia demais pelo mesmo motivo e se dedicava a tudo que fazia com um carinho de irmã. E falando em irmão tinha um bebê não do seu ventre que amava muito mais do que se fosse, ele sorria com dentes pequenos e abraçava com um amor excepcional, dizia todos os dias que ela era a menina mais linda do mundo e chamava-a carinhosamente de "noninho". Gostava dos seus cabelos e da maciez dos mesmo, andava por aí como se eles fossem parte independente do seu ser e às vezes desejava ser o ser cabelo, eram singelos demais e delicados como bailarinas. A maior questão da vida dela sempre foi a mesma desde que nasceu, na morna e verde maternidade às 15:15 brasileira de um décimo quinto dia, até morrer às 22:22 italiana na fria e azul noite de gondolas venezianas negras: As melhores idéias estão entre o sonho e a realidade ou nos outros momentos? É que todo dia ia dormir e, como em qualquer outra hora, tinha muitas e muitas, turbilhões de idéias que não cessavam e na hora todas ela pareciam que facilmente resolveriam um bocado de seus problemas, parecia que eram lógicas e até justas, mas mesmo na hora que elas aconteciam ela sabia que ao amanhecer pensaria diferente. E assim era, então, não fosse por essa dúvida terrível que a perseguia até no mais perfumado dos dias a vida da menina era um assoprar de bolinhas coloridas em um jardim materno. Até morrer a dúvida a perturbou, mas depois de algo que a mostrou a parte azeda do moranguinho que era o mundo, ela jamais seguiu suas idéias de quase sonho porque pra ela era o mesmo que seguir a emoção no lugar da razão e, apesar da sua ternura de santa, ela não fazia mais isso, nunca mais, porque vivia pra ser feliz sem ferimentos. E sem contrariar sua dívida para com a felicidade viveu assim até o último dia, com tanto carinho e convicção que ao longo da vida adquiriu grandes fãs de bons nomes e corações, que depois que perderam a presença de sua ídolo e amiga passaram a contestar as circunstâncias de sua morte: Alguns juram que ela morreu sonhando, uns dizem que ela nunca morrerá nos dois mundos, outros acham que morreu e viveu acordada, mas eu? Eu sei que nem por um segundo a menina esteve entre os dois mundos, porque nasceu, viveu e morreu no mesmo mundo, o dos sonhos. E lá sim ela é, incontestavelmente, eterna.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Memórias e vontades.

Se por algum acaso você acompanha a "Minha Janela Aberta" e está afim de conhecer meu lado fotógrafa: Memórias e Vontades (: Outro blog meu, mas que apresenta outra linguagem. Já tentei fotolog e tudo mais, mas, .. eu me dou bem é com blogs mesmo. Ficaria feliz com a presença de meus ilustres leitores também por lá. Obrigada desde já, a Direção.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Ô mais pérfido dos homens.

É incrível como ainda depois de tanto tempo você não tem absolutamente nada pra me dizer. Seu egoísmo sempre me impressionou, de uma forma cega. Eu sabia o quão absolutamente egoísta você podia ser, mas ignorava, e agora vejo o quão não ignorável e patológico é isso em você. Desde tudo eu dizia, sem sinceridade, que esperava que você morresse. Hoje, racional e sinceramente, com minha vontade de "limpar o mundo", você seria um dos primeiros a ser eliminado. Não sei que tamanho era a minha carência na ocasião em que me deixei enganar por ela e fingir por todo aquele tempo que eu gostava de você. É difícil aceitar e não remoer - por mais que saibamos que isso de nada nos serve - nossos erros, é raro não ter vontade de voltar tudo aquilo e fazer diferente, te matar de dor, porque, apesar de tudo, eu sei que você, no seu egoísmo pleno, sempre me amou por demais, e se minha postura chegasse perto de ser parecida com a sua, ficarias dilacerado. Quão difícil é aceitar que minha sanidade atrapalhou minha vingança. Espero, do fundo do coração, que alguém te dilaceres muito mais profundamente. Ou pior, que você jamais sinta amor novamente, jamais seus olhos brilhem e seu sorriso aconteça ao pensar, e simplesmente pensar, na existência de outro ser, espero que você fique cada dia mais vazio, frio, espero que você esqueça todos seus sonhos, que fique cada dia mais morto, morto em vida. Porque se há algo que detesto é crueldade e você sempre foi com todos que te cercam, dos seus amigos fiéis, à sua avó e mãe, cruel e dissimulado. Dissimulas pra você mesmo que és bom, mas sei que não o bastante pra convencer-te. Quanto arrependimento e quanta sinceridade no meu desejo de teu sofrimento, talvez seja o tédio que me faz pensar no quão ruim você é e sempre será, talvez seja mesmo enorme e suficiente pra incomodar alguém que com você não mais se importa o seu egoísmo, não sei, as duas alternativas tanto fazem para mim. Eu falaria isso pra você, se você não fosse interpretar como orgulho ferido, se não fosse tentar ignorar pra se proteger da verdade, se não fosse tentar revidar. Sabendo da sua pouca capacidade de aceitação dos próprios erros, opto por fazer um desabafo silencioso ou nem tanto assim, mas desabafo só por aqui e se um dia por acaso você ler, com certeza se identificará, então deixa que te acuses sozinho. Que seja. Não me mudará. Que morra. No fundo, cada um sabe das suas deficiências.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Nada pessoal.

Desculpa, mas, nunca foi nada pessoal. Não era você, era alguém. Alguém que me mimava, afagava meus cabelos e dizia que era meu. Você nunca foi importante ou especial, não me interessava se sua cor favorita era vermelho, se você gostava mais de ver estrelas ou nuvens e se gostava ou não de coca-cola, essas coisas nunca fizeram diferença pra mim, porque não era você e sim o que você representava. Desculpa se te dói ler isso, desculpa se poderia ter sido qualquer outro, desculpa se eu fazia questão de te fazer acreditar no contrário, é que se não fosse assim perdia a emoção. Se não fosse assim nem da sua parte haveria amor e, sinceramente, já era falso o bastante. Mas quero deixar claro que minha dor foi real, eu chorei escondida no quarto e escrachada na aula quanto tudo acabou, mas acho que você já entendeu que não foi por você que lamentei. Fiz um novo corte de cabelo e tenho mais a dizer sobre ele e como ele me faz sentir do que teria se fosse a seu respeito.