segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Gargalhada e Choro.

Tão complexos que a fisiologia classifica como "Fenômenos corporais inexplicáveis". Eu choro de alegria, euforia, de amor. Eu gargalho de nervoso, ódio, medo. Eu choro de carinho, de ternura, de rir. Gargalho por fúria, pavor, rebeldia. E tudo ao contrário também. Tudo misturado e reverso.. Por ser assim, eu, humilde eu, classifico além da fisiologia e digo: O gargalhar e o chorar são só os extremos máximos de um sentimento qualquer. Nosso corpo não tendo mais como demonstrar o tal sentido, chora e gargalha. E por chorar e gargalhar, continua vivo.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Não há círculos que se fechem pra sempre.

Porque quando a gente, nostalgicamente, volta, não é igual. Não é o mesmo. Eu penso em 15 quando um era absoluto. Não dá, passou, não adianta. Eu me vitimizava falando que minha vida andava em círculos e talvez até seja verdade, mas a verdade é que, estando diferente do que se estava na volta passada, ela não será igual.. Que vivam - os supostos - círculos \o/

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Je t'aime.

So easier talk about deep feelings in other languages. :) Don't ask me why..

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Só não há jeito pra morte.

Flores murcham. Antes disso nos perfumam, alegram, embelezam.. Romances acabam. Antes disso nos fazem sorrir, as pernas tremem, a vida parece ter sentido, o coração bate mais rápido, nos faz chorar de alegria, nos elogiam, fazem sentir que somos únicos e insubstituíveis.. Amizades seguem rumos diferentes. Antes disso nos libertam gargalhadas, nos ensinam milhares de coisas, compartilham segredos, confiam, nos deixam confiar, ajudam na auto-estima, companhias pro sábado a noite, melecas com top sunday, compartilhar gostos, descobrir gostos.. Às vezes a lua não aparece. Mas quando aparece deixa os românticos um pouquinho mais sonhadores, embeleza as mesmas flores que um dia murcharão, lança sombras dançarinas que alegram qualquer passante.. As pessoas morrem. E por que agora eu não posso ver o lado positivo disso? Por que eu não consigo aceitar que uma pessoa que eu amava foi embora pra sempre? Na verdade ele já tinha ido, antes mesmo de morrer nós não nos falávamos, por besteira, talvez eu tenha amado demais e demonstrado de menos, talvez eu seja aquele tipo de idiota que quando a chance da vida bate na porta pede pra ela ir embora, talvez eu tenha assistido muitos filmes com finais felizes e me convenci que talvez um dia eu pudesse ter o meu, mas mais uma vez a vida me provou que não e nem a tola esperança de um dia ele mudar de idéia eu posso alimentar, ele murchou, acabou, seguiu outro rumo, não apareceu.. está morto. E eu, como quem perde um membro, como quem leva um tiro no coração e sobrevive, como quem volta da guerra, endureço mais um pouco, amargo mais, perco as esperanças e mais um pouco da minha juventude. Um dia, quando meu namoro terminou, um amigo, diretor e mestre me disse "É um luto, mas até com a morte a gente se acostuma". Me prometeram que vai passar e eu sei que vai, mas talvez eu ache isso injusto, talvez eu não queira que isso passe, porque quando alguém como ele morre, a gente deve lembrar e sofrer sempre. Ou não, eu só estou machucada demais pra ser racional.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Abecedário do absurdo.

Aquela algazarra alucinou o Alerquino. A Bela baiana bailou na balsa, Céu, crepúsculo e ciranda. Danados do dia da donzela, Ela estava elegante embarcando, Fazendo firulas felizes, uma festa! Grande gargalhada ganhei. Hoje: há uma história, Igualmente inebriante. Jamais jogar-me-ei na jangada, naquele jardim de janeiro, Onde Kevin come Kiwi. Lancei um lamento ao luar, Me mandou maldar, Não! Eu neguei. Olhei os olhos ostensivos e obcequei-me. Parada na sua porta perguntei: "- Permite-me?" "- Quando?", quis querer-te menos. Riso relutante de quem já rasgou-se. Só se houver sabor, sacrifício, sabedoria: silêncio. Talvez tentar, Uma última, Vez. Xícaras de chá e xadrez. Zelei. Zangou-se. Zarpou!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Prazer, prazeres!

Pão com geléia de framboesa, morango, pêssego, uva. Assistir House com elas. Sucrilhos com leite gelado. Tomar banho de chuva. Top sundae do Mc Donalds inesperadamente. Dias frios e ensolarados no Ibirapuera com amigos. Nutella de colher. Explorar belezas de Boracéia. Ter um guarda-chuva com as cores do arco-íris. Aulas de clown. Cafuné. Passar o dia inteiro rolando na cama enquanto assiste filmes bobos. Andar de caro ouvindo músicas boas. Ter um morango em forma de colar que pesa e faz cócegas. Se machucar mas ganhar beijinho. Junkie food com of Montreal cantado por você. Tocar piano. Casa cheia de colegas. Cinema, cafés, cachecóis. Descobrir que fez besteira com você mesma e se compensar. Perfume de homem. Beleza infinita. Perfume de mulher. Dançar loucamente de maneira ridícula. Passar o dia na livraria Cultura. Ficar completamente deslocada em "balada" de gente boba. Saber rir de situações possivelmente desagradáveis se olhadas de ângulo errado. Ser esperta o bastante pra contar tudo para sua mama. Tênis coloridos. Ter a confiança plena da sua mama. Cores. Consertar sozinha. Relembrar suas músicas preferidas. Aprender todo dia algo novo. Ler coisas de quando você era pequena. Entrar em calças que não mais cabiam. Banho no escuro. Soprar dentes-de-leão com seu pequeno ermão. Ter o melhor ermão do mundo. Sentir sua pele depois da esfoliação com mel e açúcar. Sair com seu melhor amigo. Brigar com ele. Subway. Perfume de bebê. Fazer as pazes. Bochechas de bebê. Viajar pra lugares completamente desconhecidos. Cachoeiras. Dormir abraçada com seu irmãozinho e sua mama. Dentes brancos. Bala de hortelã. Hálito fresco. Chicletes grandes e bem docinhos. Altoids. Tricotar. Estar certa. Comprar filmes. Se olhar no espelho. Ter argumentos melhores. Saber fazer um bocado de coisas. Receber telefonemas de pessoas que amamos. Conversar com estranhos bonitos cheios de hormônios. Mergulhar numa piscina morna enquanto chove e todo mundo joga algo. Ter um porta-retrato com uma foto de você e sua melhor amiga sempre ao alcance da vista. Pensar que se apaixonou pelo seu melhor amigo e nem ligar. Jogar Imagem & Ação com seus melhores amigos. Fazer pedidos pra estrelas e vê-los realizados. Bilhetes rápidos assinados com "Te amo". Abandonar coisas que não fazem bem. Correr de mãos dadas. Pôr-do-sol na Linda. Bicicleta na praia. Olhar nos olhos. Pringles. Incensos e velas. Ter mais coragem que a maioria. Não precisar de aprovação social. Frio na barriga e tremer de pernas. Canetinhas coloridas e sua possibilidade do borrão. Cadernos, canetas e lápis de cor. Ritual de Afrodite. Horários iguais. Tarô. A lua. Massinha e argila. Cozinhar. Sorrisos de qualquer procedência não-agressiva. Beijos no pescoço. Sussuros no ouvido. Starbucks e sua sonoplastia impecável. Guerra de bexiga d'água. Calor só de corpos. Abraços-mata-saudade. Banho de banheira com muita espuma. Bagunça na espuma. Ler Gabriel García Márquez. Meu quarto e minha cama macia sempre abandonada. Esperança de conhecê-los um dia. Comentários no blog. Arco-íris e nuvens de formas decifráveis. Ver as paixões das crianças durarem a vida toda. Meu irmão fazendo planos e me contanto sobre. Computadores rápidos. Achar fones de ouvidos. Piscina de bolinhas com bebês. Muito ventilador e ar-condicionado no verão. Água e suco de manga ou goiaba. Pastel monstro. Customizar tudo. Tirar três milhões de fotos e gostar delas. Realizar todos os sonhos. Desabafar sobre seus medos pra quem se confia e acabar sorrindo no final. Confiar em você. Ouvir que é especial de quem não mentiria jamais. Amar seu irmão mais que a própria estrutura da bolha de sabão. Cantar Janis Joplin bem alto com sua mama. A umbanda e meus guias. Fazer bolhas de sabão. Abraçar bem forte. Tomar Chamyto. Escrever um livro. Desenhar numa blusa. Amar a textura sedosa e o cheiro floral do seu cabelo. Receber elogios pelos seus desenhos em blusas. Olhar para o Chase. Aguardar fotografias. Fazer absolutamente nada. Ser surpreendida. Sentir saudade daquele ex-futuro amante que passou. Saber que ele existiu. Ser pontual. Av. Paulista de preferência com meu amigo de MASP ou qualquer um que entenda. Ouvir meu amigos palestrando sobre tudo que eles sabem mais que eu. Histórias originais. Textos inteligíveis e belos. Entender que relacionamentos podem não dar certo mas que costuma valer a pena tentar. Ler pro seu irmão com ele deitado na sua barriga. Morder. Apreciar bons quadros. Lembrar de gente querida, tenha você conhecido ou não. Idolatrar gente viva. Inventar histórias absurdas no msn com amigos desconhecidos mais queridos que muitos presentes. Conhecer gente que se idolatra. Aulas de montagem do Rafa. Apresentar Dorotéia. Ser convidada pra novas peças. História do teatro com o Tom. Perspectivas de vida. Aprender a tocar uma nova música, um novo instrumento. Lutar com seu irmão, guerra de beijinhos. Emagrecer. Descobrir outros talentos em gente que se ama. Pizza. Ciganos. Massagem. Receber rosas. Rir até engasgar e morrer. Chorar de amor. Fazer amor. Brincar. Amar. 8 deitado e três pontos! Infinito: É o finito que a gente ama.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Te beijo.

Vários cabelos, vários toques, vários olhares e cores.
Variados variam.
Virei e vi você valsar na avenida do campo ligeiro.
Era só um borrão, um pesadelo.
Seus dedos suaves e enérgicos mandavam no piano que piava o poder dos anjos.
Parada.
Passei a noite revirando na cama e te vendo pairar sobre mim.
Detestei a lhama, corri, fugi.
Dilema.
Enquanto seus tubos de tinta e sua literatura escorriam dos meus ouvidos inundando todos meu sentidos você me sorriu um sorriso malvado e apagou a luz, pequena.
Pareço embriagado e distante da minha coerência.
Paciência.
Quando você voltar a cantar aquela escultura, me avisa: Te encontro na livraria de sempre, com os mesmos cafés, tênis e cachecóis.
Te abraço com a mesma intensidade daquele filme terminado que eu não assisti.
Te vejo dispensar aquele amigo com o mesmo desprendimento hoje arrependido, esqueço que tenho que ir embora e finalmente...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Encolhida.

Entrelaços, beijos, abraços. Amigo, afeto, afago. Precipitações, medos, vontades. Entregas.. Há quem ignore o depois, pra depois pensar nele. Há quem vá pelo que quer mas depois se iniba com situações criadas. Iniba, arrependa, não! Não arrependa, não. Medo, medo, medo. Se importar com o que estão pensando? Não, é a escolha. A escolha pode mudar o universo inteiro. Se encolher, se encolher e deixar o universo escolher. Encolhida.. Encolhida numa covardia que não é minha mas que apareceu. Desapareça!

sábado, 5 de setembro de 2009

Meme do covarde.

Katrina :* me indicou e vim fazer: "Sei que me ama, talvez por isso e apenas por isso, lhe pedirei uma única prova deste amor. Termine comigo. Sou um pássaro que se esbaqueia dentro do seu peito, preso por promessas que não consiguirei cumprir e que se sente mais preso ainda a essa culpa. Mas você não, você é uma aranha que tece sonhos e nesta teia nos prende. Eu estou aqui, preso também aos seus sonhos, com medo de que esses fios que seguram meus braços um dia se rompam e então você, vestida de negro e 8 patas, seja obrigada a injetar seu veneno. Rasguei seus livros, seus poemas hoje pequenos pedaços espalhados que me fazem tanto sentido! Rasguei suas fotos e mesmo assim elas continuam com aqueles sorrisos e aquela felicidade transcendental que se, observada durante longo periodo de tempo, deixa nos lábios o sorriso mais débil e nostálgico existente. Mas não consigo rasgá-la, entende? Meus dedos não te alcançam para isso, tentei jogar sobre você ácido para ver se derretia e escorria pelo ralo, com uma tesoura fui recortando seus contornos, sem falar do fogo. Incêndio frio e silêncioso, com o crepitar das minhas lágrimas. Tudo, mas tudo tão inútil. Preciso de liberdade, alçar vôos mais altos do que os seus olhos cinzas frias. Não posso lhe dizer que tudo terminará bem, que serei este que escreveu e ainda escreve em versos dos quais não me preenchem, não cabem em minhas estrofes. Não tenho as cores das tuas aquarelas, nem tenho as notas das suas músicas, não as sou. Eu sou este apenas, que te implora que o deixe, porque não consegue dizer adeus, porque as palavras não conseguem encontrar em seus lábios algum significado sonoro. Espero e lhe perdoo se for uma vaca e não me diga nada mais do que um adeus dentro de uma caixa com todas as minhas coisas, que são suas, que são nossas e que não serão de mais ninguém se devolvidas. Porque eu não posso ser. Eu jamais serei. Este que você espera sonhadora, que lhe faça feliz. Sempre seu, irremediavelmente." Recebi este meme inspirado na exposição da astista francesa Sophie Calle, Cuide de Você, que convidou 107 mulheres para interpretarem essa carta de seu ex namorado. No caso, eu deveria escrever uma carta rompendo com alguém. E, sinceramente, diferente desse ser eu prefiro um bom e velho: "Não dá mais porque (no caso da carta) eu não quero mais estar inserida em um relacionamento. O que a gente viveu fez muito sentido enquanto durou e foi bom. Viva feliz! Beijos!" Não é frieza. Aliás, não é nada além de objetividade. Coisa que falta em ex-românticos e não em mim. Eu teria que indicar 5 pessoas para fazerem esse Meme, but.. nem 3 me lêem, então quem eventualmente olhar e se interessar, pode dizer que foi indicado por mim. :)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Pontos finais.

Gosto muito mais dessa fase e dessas amizades, é verdade.

Mas de qualquer forma a morte é sempre triste e morte de vivos penso que é pior.

Ver um muro de gelo crescer entre você e as pessoas que você considerava de confiança, amigas, irmãs.. ver que não faz falta, que não está incluída nos planos, que pra elas você virou um alguém de saudações leves.

É engraçado não poder fazer nada.. eu gritaria, mas desmentiriam tudo e então meu coração gritaria, prefiro que nada grite, prefiro deixar esse silêncio e esse espaço cada vez ir crescendo mais entre nós.

Um dos meus guias, um muito querido, me disse nesse último sábado: "Se eles vão pra longe, é porque não merecem estar perto", acho que não mesmo.

Não dou a mínima, na verdade, na maior parte do tempo, porque na maior parte do tempo estou ocupada demais sendo feliz pra pensar nesse tipo de coisa.

Mas às vezes no silêncio da noite, no farfalhar das árvores, no estourar de uma bolha de sabão, eu lembro daqueles sorrisos e da felicidade que eu já senti e que não sinto mais, nem sentirei, não mais por aqueles sorrisos.. que já não são mais os mesmos, já não mostram alegria, carinho ou nada positivo.. são só lembretes de que nunca será igual, por mais que se tente fingir.