sábado, 28 de fevereiro de 2009

We learn.

Quando eu era menor, digo, mais jovem (já que conservo a mesma estatura desde os 11 anos) tudo tinha que ser na hora que queria e quando não havia jeito e eu esperava, morria de ansiedade. Eu nunca gostei da idéia de envelhecer, a ponto de, na minha fase mais psico, ficar olhando pro relógio desesperada e pensando: "Um, dois, três, quatro, MEU DEUS, estou cinco minutos mais velha, tempo, por favor, pare!", com o mesmo tempo que jamais parou ou parará comecei a encarar melhor a idéia, não que tenha perdido a vontade de permanecer com um corpo eternamente jovem, só acabei entendendo que quanto mais envelhecemos mais sábios ficamos, se esse for nosso objetivo e esse sempre foi o meu. Por outro lado esse acúmulo constante de sabedoria nos torna cada vez mais críticos e se somos, moralmente falando, bonzinhos acabamos por nos decepcionar com o mundo. Por observar e refletir sobre todas as atrocidades que acontecem a todo momento ao nosso redor, às vezes sem entender o por quê de tudo isso. Só que o viver traz mais algo de bom, a capacidade de enxergar os dois lados das coisas, ver o horrível e o maravilhoso do mundo. Nada é absoluto, tudo é relativo. Um dia desses me falaram: "É, agora a Ferdi deve saber que o mundo não é um moranguinho", sabe, eu discordo dessa pessoa, continuo achando-o um moranguinho: Tão amargo quanto doce e principalmente, muito, muito bonito! Da mesma forma que existem baratas, lagartos, cobras e tantas outras coisas que nos coagem, machucam e às vezes até matam, a todo momento estão por aí os sorrisos a nos convidar, as flores a nos alegrar e os instantes das bolhas de sabão a nos encantar, é tudo uma questão de saber pra onde olhar. Não sei como as pessoas tem a capacidade de complicar tanto a coisa tão tranqüila que é viver. Eu mesma não me reconheço a quatro meses ou menos atrás, era tão paranóica, doentia, dependente e complicada. Acho que melhorei esse tanto porque "MEU DEUS, estou quatro meses mais velha", que bom.. (: E nós continuamos, como diria minha adorada Alanis, amando e aprendendo, sorrindo e aprendendo, chorando e aprendendo, vivendo e aprendendo. E além disso não preciso de muito mais que alguns amigos sinceros, familiares amigos e oxigênio. :}

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Há quem saiba viver vivido.

Coisas inusitadas acontecem, pessoas que não deveríamos acabamos conhecendo, situações mais bonitas impossíveis.
Viver faz bem!
Ter tudo que um ser humano necessita pra ser feliz, apesar de refletir um pouco a mais, um pouco às lágrimas.
Chegar a conclusão que até o choro é necessário pra felicidade e não o de alegria, chorar de tristeza sem por quê é bom e todo mundo faz, chorar deixa mais dócil.
Quem não chora é amargo, quem não chora é frio, quem não chora não sabe o que está perdendo..
Eu tenho uma amiga, ela tem cílios longos e voz meiga.
Tenho outra que tem a pele mais alva que já vi e as melhores lembranças guardo nela.
Eu tenho um amor platônico declarado, que tem olhos azuis como o céu da manhã de Atibaia, ele mora na minha cidade e o sorriso dele tem o poder de renovar minha vontade de viver.
Tenho uma amiga dos cabelos cacheados, casa florida e os melhores idiomas, além de ser minha compositora preferida.
Tenho um amigo que é muito bom pra mim, porque ele acha que eu sou boa com o mundo, ele fala de uma máfia comigo e está sempre a me fazer rir de gargalhar.
Eu tenho um pequeno irmão que eu amo até não poder mais, porque ele tem cabelo de cogumelo e olhar de quem sabe das coisas e me entende.
Eu tenho um professor que é muito mais que isso, ele é amigo, conselheiro, ele é um sábio e eu jamais vou esquecer o exemplo disciplinado e descontraido como ele sempre obtem bom resultados, a admiração por ele é de piscar os olhos e suspirar quando ele passa, ele sabe.
Eu tenho uma memória muito boa e gosto de lavar meu cabelos.
Quando criança meus cabelos eram tão alvos quanto minha pele, porém minha antipatia assustava as pessoas, prefiro meu eu de hoje em dia, apesar de às vezes ainda machucar boa parte delas, por não conseguir esconder nenhum pouco da verdade.
Eu continuo a assustar, geralmente me acham estranha, mas estão a me procurar..
Minhas bandas são minhas pelo direito de apropriação que o amor dá.
Posso dizer que Aninha é minha, Marininha, Dimi, Jenny Jen, Frango, irmãozinho, Rafa e todos mais que eu amo são meus, porque eu posso tê-los sempre que eu quiser, na memória e coração, na lembrança do abraço e do sorriso, no primeiro olhar, eu lembro de cada um deles..
Eu tenho lugares eternizados, bem como coleciono os instantes das bolhas de sabão.
Eu tenho flores pra sempre que já morreram a mais tempo que eu.
É fácil dormir quando se morre ou eu penso que deve ser..
As pessoas deviam olhar mais pro céu.
Você viu o céu de hoje?
Estava lindo e eu fotografei, como sempre faço.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Sinto muito a covardia.

Marininha, tenho que te pedir muitas e muitas desculpas, confesso que meus planos eram ser covarde e omitir a verdade de você, digo não contar sobre se você não perguntasse, só porque te amo demais pra te decepcionar. Antes de mais nada quero que você saiba que tudo que estou fazendo é muito bem pensado, eu não perdi a cabeça, na verdade foi a melhor coisa que fiz na minha vida. Mas, bem, acontece que hoje quando você me perguntou eu menti e isso não se faz, muito menos com nossa melhor amiga, eu sei que você vai entender, mas não consegui falar na sua frente porque sabia do seu olhar de decepção e aquilo me mataria, sabe? Enfim, eu sai da ETE e até segunda ordem estou fazendo só teatro. Tomei essa decisão por mil fatores, o principal é que eu precisava ser feliz de alguma forma e me sentia sempre em uma prisão social, triste e depressiva, pequena e covarde, queria morrer de verdade, até que tomei coragem e contei pra minha mãe meus planos: Fazer teatro. Ela que confia em mim e ouviu toda minha explicação me apoiou. Desculpa não ter contado antes, eu tenho muito medo sempre de fazer algo que te desaponte de alguma forma. Eu tenho enfrentado o mundo pelo meu sonho, você foi a única pessoa que não tive coragem de contar, eu sei o quanto é importante o ensino médio e claro que vou concluí-lo em breve, mas eu realmente estava precisando dar um tempo, as coisas estavam muito pesadas em casa na questão meu progenitor, eu me sentia perdendo cada vez mais amigos e precisava me profisionalizar. Você me entende? Desculpa mesmo não ter contado antes e tudo que eu te disse hoje sobre a ETE é verdade, só que em um passado não muito distante, poxa, eu fiquei sem reação, eu sei que deveria ter te dito, foi pura insegurança e medo. É que sua opinião vale demais pra mim, acho que o que você pensa de mim é sempre uma preocupação, quando na maioria das vezes não me importo com o que o mundo pensa. Enfim, sinto muito e de coração espero que você me perdoe.

Não te apóio, mas é claro que eu te desculpo.

Você tem que fazer o que voce acha melhor pra sua vida, já que voce escolheu isso então faça bem feito, só por favor não deixe de terminar de verdade o ensino médio!

Eu espero que voce tenha muita sorte na sua carreira, mas infelizmente a sociedade pede que voce tenha o grau completo até pra ser lixeiro.

Não que isso queira dizer alguma coisa, porque tem gente com muito mais formação que nós duas juntas e tem menos cultura que você sozinha.

Enfim, não se preocupe com que eu possa pensar da sua vida afinal meu lema tem sido: faça o que tu queres pois é tudo da lei. (:

Te gosto muito muito muito. :D

E isso se chama amizade, compreensão e realismo. Eu sempre vou te admirar!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Quão cruel o ser humano pode ser?

Das maldades de larga a pequena escala. O holocausto, a heroína, sequestros, chacinas. Traições, abandonos, humilhação, o magoar proposital. E de que nos serve? Ainda hoje a população sofre verdadeira tortura psicológica se começa a pensar que é tão humana quanto os alemães, que matavam com prazer, de bebês a idosos judeus e simplesmente porque eles eram.. judeus. Nossas mães perdem o sono se pensam na possibilidade de entrarmos pro mundo sem saída que é o da droga, droga essa que existe desde os primórdios, mas que o homem, com sua implacável tecnologia fez questão de "aperfeiçoar" pra que, uma vez que você entrou, jamais possa sair. É lucrativo, dinheiro fácil. E em alguns países essa degradação é até legal. Jóia. Eu não tenho dinheiro, mas ele tem. Se eu roubá-lo eu terei e ele não, mas.. se eu enclausurá-lo e pedir pra família muito rica dele um pedaço de sua fortuna, nunca mais terei que trabalhar, perfeito! E acho que tortura não vai mal, esse burguês filho da puta que nasceu em berço de ouro e nunca teve que trabalhar pra nada. Esse escroto de merda. Ele merece ser sequestrado, eu não estou fazendo nada de mau, sou um instrumento de Deus fazendo justiça. Eu quero matar aquele cara, tem esse monte de gente na frente. Filhos da puta, que que estão fazendo aí? Vão morrer também.. E lá se vão 10 ou 15 inocentes [?] que estavam no lugar errado na hora errada. E em "pequena escala" vão os crimes sentimentais. Você já sentiu a dor de uma traição, seja ela da procedência que for? Já te abandonaram sem dar sequer uma explicação logo depois de te fazer juras de amor ou amizade eternas? Alguém já te humilhou (ou tentou) na frente de terceiros só pra parecer mais bacana que você? Já te magoaram sabendo que assim o faziam porque acharam que ficariam mais feliz dessa forma? Não acredito que a crueldade seja natural do ser humano. Não acredito que sejamos podres nas mesmas proporções. Não acho que nenhuma dessas maldades possam ser justificadas. Justificar, tornar justo. Não, não vejo justiça em nada disso. E deito minha consciência tranqüila ainda indagando como podem dormir pessoas que executam conscientes maldades, não me parece justo.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Reabilitação de coração.

A verdade é que ando pensando em tanta coisa que no meu turbilhão de pensamentos tudo fica meio vago, muito complexo, tão cheio que não consigo me concentrar em nada em especial.

Me sinto quase vazia, de tão cheia.

E me sinto sozinha, muito sozinha, o que é estranho, já que tenho amigos ótimos e presentes, está certo que não tanto quanto eu gostaria, às vezes até pela minha falta de tempo, eu sei, mas na medida do possível eles querem e estão sempre por perto, mesmo assim me sinto uma ilha.

Talvez seja a adaptação de um estado plenamente apaixonado pra um alguém que agora só ama.

Em mim não existe mais perna bamba, não existe gagueira ou exasperação, só amor tranqüilo e não-romântico, só uma amizade pelas coisas e pessoas, nada de paixão, nadinha. Talvez por isso esse sentimento de solidão..

A gente demora a se desintoxicar de vícios que eram definições:

- Quem é você?

- Eu sou uma menina que é sempre muito, muito apaixonada por tudo.

Hoje passeando na rua quase me apaixono pela imagem de um avião passando bem perto da lua já da manhã, logo depois vi uma nuvem atrás de uma árvore florida e foi por pouco, depois meu professor me sorriu aquele sorriso debochado e.. quase.

Sorte que agora eu consigo me controlar e nunca mais vou ter que me aborrecer com as incertezas e desesperanças ou passar pelo ridículo que é a paixão, ufa!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Abandono de palavras.

Ver blogs morrendo me deixa tão chateada, de verdade. Estou dizendo isso porque agora mesmo li um post excelente sobre um livro que meu professor mais lindo, amado e, nossa, é muito amado, não tem dimensão, enfim.. Um livro que aquela pessoa disse ser a minha cara. Aí quando eu fui ver a atualização mais recente do blog estava datada em 2006. O que significa que "O Fantástico Mundo de Gabriel" provavelmente caiu no esquecimento há um tempo e isso é tão.. tão triste. É como largar um amigo, abandonar pra sempre um caderno, coisa assim. Não abandonem seus blogs, por favor.. Eu só vim aqui mesmo pra pedir isso e dizer o quanto me afeta alguém parar de sentar e expressar seus sentimentos, idéias e reflexões em seus blogs. Eu não sei explicar, é fisiológico. Digo, se você for um sociopata, doente e cretino eu não me importo que você abandone o seu, mas, pelas palavras daquele menino, aposto que Gabriel é um alguém muito especial, assim como vocês.. É como perder um Holden ou um Pequeno Príncipe, sabe? Então.. bem, fica o pedido encarecido, com carinha de súplica. E "Meus Sinais", eu nunca mais vou te abandonar, prometo.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Vl. Marlene, eu te amo!

Eu devo estar me mexendo mais do que o normal e falando mais alto do que imagino, porque já estão olhando, deve ser o mp3, tira toda minha noção de volume.

Eu adoro estar aqui, viu?

Adoro ficar esperando 3 horas por um ônibus, é tão gratificante. Obrigada por existir, Vl. Marlene, obrigada por parar na frente do meu prédio e obrigada mais ainda por demorar tanto.

O que mais se pode querer de um ônibus?

Ele pára na frente do meu apartamento, quase entra e me deixa no sofá, o que me impossibilita de pensar em pegar outros ônibus e demora mil anos há passar, que bênção!

Eu gosto tanto, mas TANTO de esperar ônibus que se o mundo fosse justo isso seria a única coisa que faria da vida.

Se as pessoas só fizessem o que gostassem eu passaria a vida ali, vendo os carros passarem, sentindo frio, vendo a chuva cair e casais felizes se agarrarem, sabe?

Se eu pudesse ficaria lá e esperaria o ônibus pro mundo inteiro, assim, quando pessoas que gostam de ler, fazer contas ou tocar piano tivessem que pegar um ônibus seria só entrar nele, porque eu já teria esperado, por todos eles.

Perfeito, não? Pena que o mundo é injusto e eu só posso esperar por mim.

CHEGA VL. MARLENE, eu vou respirar fundo, vou sim.

Pronto, estou respirando fundo, bem devagar, isso, estou legal.

Escutei um barulho de tiro, senti o mesmo passando por dentro da minha barriga, olhei o sangue jorrando, todo mundo saindo dos caros (o farol estava fechado), minhas pernas tremeram e quando eu ia cair morta percebi que tinha inventado essa história pra acabar com meu tédio. Que morbidez!

Mas tudo bem, eu vou aguardar tranqüilamente, viu? Porque eu te amo, Vl. Marlene, eu te amo.

Olha, acabei de assistir um filme angustiante, ontem vi o pior filme da minha vida, estou há dois dias sem teatro e você demora tudo isso por quê? O que eu te fiz? E por que o ônibus da Jenny teve que chegar tão rápido?

Porque, olha, eu poderia estar conversando agora, mas estou aqui. Você é tão injusto.

Por favor Vilinha, por favor, apareça.

APAREÇA!

Por Peter Pan, eu sempre sou paciente, você sabe, por que justo hoje? Eu vou chorar..

Ai, obrigada, obrigada, Vl. Marlene, eu te amo, eu te amo, ok?

Te amo muito:

- Boa noite.

- Boa noite.

Por que o motorista não me dá o troco? Aliás.. que motorista é esse? Eu conheço todos os motoristas do Vl., somos quase amigos, digo, quase conhecidos, se vise-os na rua sem ser a trabalho quase os cumprimentaria e aposto que eles fariam o mesmo. Que esse stranger está fazendo te conduzindo, Vl.?

Aimee Mann é um máximo mesmo, pelo menos tenho ela.

Eu devo estar parecendo deprimida pra caramba. Estou? É que, sei lá, você sabe que às vezes nem quero chegar em casa, que gosto do caminho de casa, mas hoje estou com uma angústia, talvez esse filme, sei lá.. Quero chegar em casa e justo hoje está demorando mais que o normal. O motorista novo não deve saber o caminho direito.

Estranho, essa menina parece conhecê-lo.

Free? Quê? Meu Zeus, como assim? Que liberdade é essa?

Então quer dizer que a última viagem é sem radinho? É "Free"?

Ele pode nos levar pra onde quiser? Pode acionar o botão secreto de vôo do ônibus e nos levar pra um laboratório secreto da NASA que fica no espaço? Ele pode se jogar da ribanceira com a gente no ônibus? ELE PODE NÃO PARAR QUANDO EU DER SINAL?

Céus, que medonho dar liberdade assim pra outro alguém. Eu não quero que ninguém seja tão livre, chega, casinha, chega..

- Moço, logo que virar a esquina da Margarida Gonçalves você pode parar por favor?

- Anh?

- Logo que virar você..

- Ah, paro sim.

- Obrigada, boa noite.

- Boa noite!

Ufa..

É quase tudo continuação..

Eis que um casal senta ao meu lado, um casal bonito, que parecia se dar bem e ressaltou mais do que nunca minha vontade de continuar sempre sozinha nessa questão.

Apesar de invejar o toque de mãos, o olhar de carinho, os abraços.. são as satisfações, as explicações, as tentativas patéticas de causar ciúme e a não-liberdade que me mantêm plenamente confiante.

O anel do meu irmãozinho, que eu achava que ficava perfeito no "seu vizinho", quando dele tirado deixou uma marca, um inchaço, uma dor, quase uma cicatriz, ainda bem que não chegou a tanto. Relacionamentos românticos são como anéis, relacionamentos e anéis.. Deve ser justamente por isso que um é símbolo do outro, deve ser..

Deu vontade de falar que também estou "me sentindo viajante" e que queria brigadeiro, sai da casa da querendo, mas são tudo continuações..

Primeiro filme: Rumba, estou com vontade do meu Talento verde que está me chamando da mochila.

No mínimo do mínimo o filme é sádico. O tempo todo nos faz rir, fato. Mas de coisas tão absurdas que a gente até se sente meio mal. Ótimo, recomendo, mas não pra personas sensíveis demais.

Segundo filme: Um dia de Rainha.

Não entendi a relação do filme com o nome, mas é bem legal anyway. Várias histórias que se entrelaçam, com muita decadência, imoralidade, temas polêmicos e humor francês. Muito bom, recomendo, mas não pra quem está acostumado com romance bobo.

Terceiro filme: Glória ao Cineasta.

Você já assistiu "Glória ao Cineasta"? Como já mencionei eu fui sozinha ao cinema, o que me fez ficar com mais cara de interrogação ainda quando o filme terminou.

O garoto que se comunicou comigo durante o filme era tão ou mais tímido que eu e quando o filme acabou eu não tive coragem de perguntar o que ele tinha achado. Ele era bonito.

Fiquei sem saber se achei a pior idiotice do mundo ou se achei deveras engraçado, eu realmente não sei. Sério. E só recomendo pra se algum de vocês for mais esperto [?] me explicar depois.

Sai da sala com cara de interrogação e assim permaneço até o presente momento.

O relógio aqui do meu lado diz que agora são exatamente 6:22 da manhã e está fazendo 18 graus, 1 grau a mais do que considero a temperatura ideal, não está mais escuro, mas a claridade ainda não me incomoda.

Eu queria escrever, mas não queria sentar no meio daquele monte de gente e escrever. Daí deixei pra lá, ia pegar o metrô consolação mesmo, mas quando fui descer as escadas três meninos bêbados (um deles quase perdendo os sentidos) também o estavam fazendo, aproveitando que a Paulista é um lugar plano e está frio resolvi andar um pouco mais e vir escrever debaixo do MASP, gosto de ficar aqui, apesar de ter uma goteira pingando do meu lado.

O energético que eles forneceram deve ser mesmo muito potente porque meu dia foi bem longo, minha madrugada mais ainda e não tenho a mínima vontade de rumar pra casa e repor minhas energias pra amostra, talvez porque ela seja só de noite, o que me dá o dia inteiro pra dormir.

No meio do sorteio tinha uma camiseta do Laranja Mecânica, a mais diferente e absurdamente linda que eu já vi, cobicei ela muito, não ganhei. Só ganhei a lembrança daquele olhar de criança no meio da multidão, a menininha devia ter a idade do meu irmão. Nunca vi olhos mais expressivos, nem os olhinhos dourados são assim, é como se a maquiagem do Alex fosse natural daquela face, daquela fração de segundos que vi aquele olhar.

Tive vontade de fotografar e levar pra vida, levarei, só no campo da memória mas não acredito que possa vir a esquecer disso. Imagino como era o todo da criança, já que, incrível que pareça só vi olhos. Só olhos.

Ou será que eles são tão encantadores que o "resto" dela se faz invisível?

Será que só se pode notar os olhos?

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Telefonema no cinema.

- E de quem são essas vozes aí do seu lado? - De pessoas. Pessoas que tem amigos. Eram quase 11 horas da noite. E qual a possibilidade de encontrar um São Bernardense pelo caminho? De antes da estação Ana Rosa até a Consolação, até o Belas Artes, mais precisamente. Optei por ir caminhando, tinha o bilhete do metrô já comprado, mas me agradava a idéia da possível melancolia de andar sozinha naqueles lugares, vendo aquelas pessoas e ouvindo música triste. Na Paulista. Ainda mais em uma sexta-feira 13 fria, engraçado é que tinha esquecido esse peculiar detalhe enquanto andava e mandava beijo pra relógios, relógios que mandavam meus beijos pra alguém que no momento talvez esteja vendo filmes, em São Bernardo. Acontece que minha vida nunca foi tão livremente paulistana, tenho mais amigos aqui que lá, se é que os tenho.. Fica a questão por estar aqui sozinha, assim.. Eu sei que os tenho, sei que os mesmos têm suas próprias questões e sei também que se pudessem estariam agora aqui, comigo.. Será que ele estaria? Ela? Eles? Sim, claro que sim! Não são 11 horas agora, talvez alguém ainda chegue, sempre fui esperançosa: - Mas então o que você está fazendo aí? - Vim ver os filmes, oras. - Sozinha? - Nunca precisei de ninguém pra viver. Então eu vi flahses e as pessoas, sempre em grupos, engraçado isso, pareciam muito animadas, queriam também ser fotografadas. Além de mim só um cara dos seus 30 e poucos anos sozinho, ao meu lado. Então, de certa forma, não estávamos sozinhos? Claro que não! Estávamos no meio de um monte de gente. Mas aquelas músicas falavam de tantas e tantas milhas distante.. Um pras onze.. já, já, deixa de ser sexta-feira 13, o que me desagrada já que, junto com 31 de outubro e primeiro de abril, sextas 13 são minhas melhores datas do ano. No ano que passou, por exemplo, meu namoro terminou dia 31 de outubro. Não me lembro de nada melhor ter acontecido: - 'tá bom então, bons filmes! - Pede pra ela me ligar quando chegar? - Peço. - E manda beijo pro Biel? - Mando! - Então 'tá, boa noite. - Boa noite, beijos. - Beijos! Quando a ligação terminou e eu olhei pro celular eram 22:33 e, novamente, mandei os relógios beijarem um São Bernardense.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A avó do meu não-filho.

Terça-feira, no ponto de ônibus, precisava pegar um desconhecido, tentei me informar perguntando a senhora ao lado que, muito solicita, me informou e depois puxou papo.

Simpática ela, atenciosa e extranhamente super protetora.

Por coincidência pegamos o mesmo ônibus, digo, ela disse que queria pegar outro, mas aquele servia, então ótimo, mais alguns momentos conversando com a gentil senhora.

Ao entrarmos ela se ofereceu para pagar minha passagem, eu recusei e agradeci muito, achei de uma gentileza extrema, ainda mais quando vagou um lugar e ela ofereceu-o para mim.

Ela era uma senhora, perfeitamente saudável, dava para notar, mas mesmo assim eu também sou e sou jovem, enfim.. Recusei e novamente agradeci muito. Então ela fez a pergunta que eu estava esperando pra esclarecer as coisas:

- Hum.. você está grávida?

- Oi?

- O seu vestido é larguinho assim mesmo ou.. ?

Então eu coloquei meu vestido mais perto da cintura e respondi confusa:

- Não.

Ela, tentando se redimir da crítica que não tivera a intenção de fazer, disse:

- Sim, você está magrinha, está magra, não é por isso, eu só achei..

E as palavras se perderam.

Ao me olhar no reflexo de uma vitrine entendi tudo.

Usando o vestido que usava eu realmente não parecia gorda e sim grávida.

Não aparecia barriga alguma e nem nada do tipo, mas não dá pra explicar, eu fico com uma cara até materna (o que é muito estranho pra uma pessoa com as minhas convicções), não me senti ofendida quando ela perguntou, só realmente estranhei o fato.

E mais estranho ainda foi que, mesmo depois de saber que eu não estava grávida, ela continuou a me tratar como se fosse avó do filho que eu não levava no ventre.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Choro pra Alice.

Hoje, como de costume, fui me encontrar com meu estimado amigo, como sempre também, visitamos o MASP e eu pude constatar, mais uma vez, que sou a pessoa mais infantil que conheço, explico a conclusão. Ainda acho graça em "me perder" dos meus acompanhantes. Fugia das vistas dele e quando ele me procurava fingia só estar vendo um quadro mais adiante, então quando ele se distraia, escapava de novo e assim foi, como quando eu tinha 6 anos ou menos. Mas não vim aqui falar do meu instinto infantil. Toda terça esse meu amigo me convida pra ir com ele assistir aos instrumentais que o SESC Paulista nos dá, assim, de graça e com a maior qualidade. Infelizmente hoje foi a primeira vez que consegui ir, mas de qualquer forma fui. Fui e me senti tocada mil vezes, mas o toque mais profundo foi quando o senhor simpático e um pouco desajeitado que tocava o violão falou: - Agora mais uma composição minha, Choro para Alice. E completou: - Alice é minha filha. E então ele começou a tocar uma das canções mais lindas do mundo e aquilo me emocionou de uma forma inexplicável, não sei se era por pensar na honraria que seria para Alice receber música de tal qualidade como homenagem, não sei se foi porque um pai dedicou uma música pra uma filha ou se foi apenas uma dessas emoções que vem e que não adianta questinarmos. Sei que me emocionei muito e recomendo o trabalho de Celso Moreira a qualquer um que tenha acesso.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Formatura.

Ontem houve um baile de formatura, da minha prima, orgulhinho da família, a terceira advogada da família formada pela Direito São Bernardo, todos alegres e orgulhosos. No começo tudo foi realmente demais, minha amada família reunida por diversão, boa comida, boa bebida, boa música.. Achei estranho que estivessem tocando aquelas músicas, (que são as que normalmente levanto e danço, entre elas músicas gays, dos anos 60, 70 e 80 e coisas assim) logo no começo da festa, já que, normalmente isso fica mais pro final, o pessoal todo nem tinha chegado, mas de qualquer forma me levantei e dancei, dei risada e pareci bêbada, sem ingerir uma gota de álcool. Tudo continuava muito bem até que eu indaguei pro meu primo-herói: - Mi, não é estranho essas músicas estarem tocando agora? E ele ainda sóbrio e com certo pesar, explicou: - É que a banda principal é Babado Novo. Pensei "Óh, não, isso não há de acabar com minha alegria", but.. But, chegou um ponto que, depois de aguentar todo o Babado Novo, que eu achava que não poderia ter nada pior (até porque até Nx Zero versão axé houve), ele chegou. O pior, no caso, Tom e Anderson ou coisa que o valha, uma dupla sertaneja, quase chorei. Aliás, depois de um tempo de muito desespero eu chorei, sim galera, eu chorei, não que me orgulhe disso, porém é fisiológico. Quando eu fui tentar explicar pra minha mãe minha reação ela só soube me ofender, então eu exemplifiquei: - Você acha que eu prefiro ficar aqui te ouvindo me xingar ou conversar amistosamente com você? Aparentemente ela entendeu, não que tenha ficado menos brava. Voltando a meus primos, observando meu lastimável estado, me ensinaram uma coisa muito bonita, que levarei pra vida: - A boa música ou não é uma questão do grau de álcool no seu sangue, na próxima vez, beba, tudo ficará mais feliz! Acho que levarei isso pra vida porque: "Bandida, não posso olhar dentro do seu olhar..", "CRIMINOSA, ô trem bão que é bão..", dentre outras.. né? Acabam com a saúde das pessoas. Eu sei que há quem se sinta deprimido ouvindo Stchaikovsky e quem ame essas músicas[?], não acho nada sobre ele, só procuro não dividir o mp3.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Casamento cigano e amigo imaginário.

Certo dia minha mãe veio me contar que quando eu era bebê, ela fez amizade com uma famosa astróloga, astróloga essa que tinha um bebê também, mazomenos da minha idade. Ela me contou também que pelos dois bebês serem tão fofos, belos e se darem tão bem, elas resolveram nos casar ciganamente. Muito bem, o nome do meu noivo[?] é Vitor, nossas mães nos casaram e perderam o contato, ok. Eu não o conheço e provavelmente nunca virei a onhecê-lo, mas quando ela contou (há uns anos atrás) eu realmente fiquei mais sonhadora que o normal. Entãi uma de minhas tias foi pra ticamente obrigada a tomar uma atitude: - Flora, desmente o negócio do casamento. - Por quê? É verdade, ué. - Você quer que ela fique solteira pra sempre? - Não, mas.. - Se você não desmentir ela vai viver mais no mundo da lua ainda, procurando por esse tal de Vitor que a gente não tem noção do paradeiro e não vai olhar pra ninguém mais. Quer que ela morra solteira? - Ai, é mesmo, do jeito que ela é.. Dez minutos depois minha mãe entra no quarto: - Fê? Paro de digitar, sabendo o que viria a seguir e respondo com impaciência: - Que é? - Sabe aquele negócio de casamento cigano? - Sei. - É mentira, eu estava brincando com você. - Acredito. - Ah, que bom, porque era realmente brincadeira. - Aham e eu realmente acredito. A história do amigo imaginário é a seguinte: Desde meus sete anos (linda idade, quando eu descobri o que fez certa grande época da minha vida ser um inferno) tenho um amigo imaginário. A primeira vez que ele apareceu pra mim era pequenino, magricela, grandes cílios e parecia um fantasma, era preto e branco, usava suspensório e tinha um sorriso engraço, eu sempre achei que ele estivesse morto, mas não.. Eu fui conhecendo ele durante todos esses anos de convivência, bem, há quem não acredite e me ache bizarra por manter um amigo assim, mas ele sempre se faz necessário, ele é a única "pessoa" que eu "preciso". Digo, ele nunca me negou um ombro amigo, um conselho ou bronca, quando precisei, sempre pude contar com ele. Esse foi crescendo comigo e coisa e tal, mas o texto não é pra falar exatamente dele, é pra falar que desde os sete anos eu tenho esse amigo e o nome dele é Vitor. E sabe com quantos anos minha mãe me revelou o suposto casamento cigano? Treze. Na época tive certeza que o "homem da minha vida" era o Vitor que eu supostamente estava prometida. Quando me dei conta da coincidência entrei em parafuso e só pensava nesse cara que eu imagino ser igual meu amigo imaginário. Depois de uns tempos passou, enfim.. A questão é que hoje isso me é motivo de grandes gargalhadas, mas a parte que mais me faz rir é a da conversa entre minha tia e minha mãe. E o mais engraçado ainda é que mãe (e minhas tias) continua(m) não querendo filha (e sobrinha) solteira, então, na cabeça dela(s), seja com Vitor, Paulo ou qualquer outra coisa, um dia eu tenho que arranjar alguém, me casar e dar netinhos (e sobrinhos netos) a ela(s). Eu realmente lamento que ela(s) ainda alimente(m) esperanças.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Sinopses da amostra.

É incrível, você sempre vê algo completamente inesperado, já que a sinopse nada, mas nada mesmo tem a ver com o filme. Dou um exemplo. O filme de nome "Uma mulher dividida em dois", eis a sinopse: "Jovem metereologista tem um envolvimento impulsivo, quase obsessivo, com um famoso escritor cinqüentão (sim, no guia ainda tem trema *-*) que, apesar de casado, age como um verdadeiro Don Juan. Mas essa relação desanda quando ela conhece um jovem herdeiro de grande fortuna, que nunca quis saber de responsabilidades, apenas muita diversão." Gente, quem já assistiu o filme entendeu minha observação. Pra quem não, não sendo muito spoiler, mas dando um exemplinho, o tal "herdeiro" que só quer saber de "muita diversão" pede a menina em casamento no segundo encontro deles. Fica a lição, jamais confiem na prefeitura de São Bernardo. E sobre o filme, bem.. assistam, mal não faz.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Mundo imbecil.

Metade de vocês eu suporto, um terço eu ignoro e o resto eu não me lembro. Vocês são uns nadas e pra sempre serão uns nadas, ninguém gosta de vocês. Nem a mãe de vocês gosta de vocês, por que elas gostariam de imbecis? Ninguém gosta de imbecis. O mundo é povoado por imbecis, só existem imbecis no mundo, inclusive eu sou uma grande imbecil, como o resto do mundo. E como ninguém gosta de imbecis e só existem imbecis no mundo, ninguém gosta de ninguém. Nenhum de vocês é porra nenhuma pra ninguém. Nadas! Zeros a esquerda. Nulos, não fedem, nem cheiram. E todos nós devíamos nos matar e sabemos disso. Sabe por que não nos matamos? Porque somos uns bostas, que nem coragem de fazer isso temos. E quem pensa que é boa pessoa, legal e o caralho a quatro só consegue ser um pouco mais imbecil do resto do mundo que tem consciência de que é imbecil. Mas eu nunca conheci ninguém que se achasse realmente imbecil sem ser em momentos de inexplicável ódio do mundo, então todos somos imbecis por igual. Vocês também não gostam de mim, talvez achem que sim mas não gostam. Ninguém gosta de imbecis. Gente medíocre, pequena, que usa uma parte ínfima do cérebro. Deveríamos ter vergonha da nossa existência e nesse momento eu a tenho por todos nós. Vou até me esconder debaixo das cobertas, de tão envergonhada que estou, por constatar tamanha cretinice. E a única música que deveria ser escutada é aquela que não fala nada, não cita seres humanos em momento algum, portanto, imbecis, deletem todas suas bandinhas SUPER GENIAIS INDIES E COOL e vão escutar Tchaikovsky, seus merdas. Existem três tipos de pessoa no mundo, os que nós odiamos, os que detestamos e o que a gente pensa que é legal. E quando alguém pensa que gosta de alguém é porque não conhece esse alguém suficiente. Todos somos podres, algumas pessoas conseguem esconder isso melhor, outras nem sabem que são e as outras não existem. Então a vida é uma bosta, uma merda plena, nós só fazemos bosta e muito depois, só tarde demais é que a gente se arrepende, mas não dá pra voltar atrás, porque somos imbecis. "Eu sou um bosta", devia ser a primeira frase proferida por todo ser humano. A sorte é que todos vocês vão morrer, vão virar comida de bicho asquerosos, mas menos asquerosos que vocês. Esses bichos deviam ter nojo de te comer, aliás eles até têm, mas pensam: "Fazer o quê?" e acabam fazendo o favor de devorar sua fétida carne. Daqui uns 150 anos ninguém vai lembrar que você já existiu, aliás, poucos lembram agora. Mas é isso, você é um bosta, você é deprimente e tem de se acostumar com isso. Hoje no teatro lemos um texto sobre uma professora meio, bem, digamos que assim. Eu achei o texto genial, pretendo escolhê-lo e montá-lo, então, ando treinando pela casa e resolvi escrever, mas eu gosto de vocês, ok? :) Tudo brincadeirinha.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Adoração com o real peso da palavra.

Adorar vem de venerar, admirar demais, ter um carinho absurdo por, afeição fora do comum, idolização, no caso que citarei, alimentar um amor platônico. Sei que tenho andado falando que amor não existe, porém, reaparece o Dimi e me faz relembrar o que é realmente amar e o quanto vale a pena. Falando assim parece que tenho pretensões românticas quanto a ele, mas não é absolutamente nada disso, minha parte romântica realmente morreu. O amor que sinto por ele é um amor pleno e ingênuo, amor que transcende, não é algo carnal ou obsessivo, não sinto ciúme ou possessão. Só me sinto eternamente grata por ter alguém como ele em minha vida, por poder (pelo menos um pouco) fazer parte da vida dele, saber que ele ainda vai rir comigo (ou de mim), tanto faz na verdade, fazer qualquer coisa que cause alegria a pessoas assim é o que me impulsiona a continuar vivendo e sonhando. O amor platônico ou fraterno, como preferirem, que sinto por ele (e por outros) é a melhor coisa que alguém pode sentir e eu estava me esquecendo que isso sequer existia. É incrível como ele pode salvar minha vida só por estar por perto e não exagero, realmente o gosto e sentido de viver se perdem se não há algo ou alguém pra amar assim, tudo fica morno. Minha vontade de viver, sorrir e cantar acabou de ser renovada, justamente por conta da feliz ocasião que é o aniversário do Dimi. Eu escrevi a carta mais sincera da minha vida e dei como presente simbólico, já que não deu tempo de ir atrás de nada a altura de meu mais que estimado anfitrião dessa noite. E essa carta arrancou um sorriso dele, ele leu e ao me agradecer pareceu tão sinceramente satisfeito que até me emocionei, de verdade, não podia esperar reação melhor. Confesso que é difícil me despedir dele sem ter certeza de quando terei a oportunidade de revê-lo. Quando dissemos, por fim: "Até mais" eu deixei claro que realmente gostaria muito de vê-lo em um futuro próximo, porque é ruim estar longe dele, mas ele garantiu que não demoraríamos a nos reencontrar. Mesmo assim foi difícil me soltar daquele abraço que é incrível e parece que só ele sabe dar, ao mesmo tempo que não paro de sorrir como se tivessem escrito meu nome no céu com um coração em volta. Não trocaria o aniversário do Dimi por nenhum show, da Alanis ou de qualquer outra banda (é, até of Montreal), porque assim como os Montreais, Demétrius Daffara também é meu herói, meu ídolo e amor, a diferença é que ele é herói da vida real. Um dia eu posso vir a esquecer até do meu nome, mas do Dimi, jamais.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Show da Alanis.

É facilmente observável pra qualquer acéfalo que eu sou apaixonads pela Alanis, é só olhar meu msn, last, etc. E deve ser facilmente observável também que (como não estou falando disso todos os dias de minha vida) é porque não vou. :( Minha ídala de infância, que eu sempre ouvi com mamãe, em viagens cabelos ao vento estará se apresentando aqui AMANHÃ e eu não poderei ver, tudo bem, vou cortas meus pulsos. Vou ficar em casa escutando as músicas dela em um canto escuro e chorando baixinho. :( Ok, não vou, mas estou magoads e com uma inveja mais que absurda do Caio. Caio é uma das abençoadas personas que VÃO ao show, amanhã, amanhã, amanhã, dá até uma emoção, mesmo que eu não vá. q Estou com inveja super confesso mermo, mas estou felizona, porque o Caio tem bom gosto musical então aposto que vai curtir litros, como ela deve ser curtida. Enfim.. fica minha inveja, minha felicidade e meu amor por Alanis registrados nesse.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Meat and potatoes.

Sempre tive apresso especial por essa música, porém eu nunca tinha parado pra escutar como ela deve ser escutada. É tipo o Harry Potter, é uma obra totalmente genial, mas se lida erroneamente pode ser considerada só uma história fantasiosa pra criancinhas, but, não.. não é. Mas eu vou postar sobre o Harry e minhas observações em outro momento, agora quero falar de Meat and Potatoes. Assim, não é que eu considerasse uma musiquinha e só, mas agora ela tem um peso maior. É tipo ler uma crônica pequenina e levemente deprimente. Eu super me sinto a garota que quer mais que carne e batatas, jamais conseguiria manter um relacionamento feliz, cheio de amor e sem nenhuma rejeição, uma "relação perfeita". Sabe? Ontem na bebedeira meu primo estava falando exatamente sobre conquistar e deixar pra lá. Estava falando sobre a postura (muito linda e decente) dele de sempre manter suas paixões em segredo e elas passarem, sem jamais se manifestar, por uma questão de saber que causaria sofrimento conquistando as garotas e depois se desinteressando. Se ele já era meu herói, isso cresceu. Mas voltando a Meat and Potatos, a parte do "no jokes" me faria chorar se eu já não estivesse tão bem. Parece que sou eu, procurando uma brincadeira naquele absurdo todo, sem poder, ao contrário dele, saber se existia brincadeira ou sofrimento. É quase uma questão pessoal pra mim. Ela resolve tentar deixar as coisas mais interessantes, acha ele cansativo e, bem.. Meat and Potatoes. Mas ao contrário, eu sou o ele e o ela da música. Na verdade depois de ser o ele me tornei o ela. E o calor acaba com minha capacidade de comunicação, desculpem!