quinta-feira, 28 de julho de 2011

2.500 fotos.

Eu me acho linda sem nem ser. Acontece que o fato de descobrir mais de 2.500 fotografias minhas (só minhas, só eu, sem amigos e tal, minhas mesmo) me deixou pensativa sobre que tipo de imbecil eu sou.
Algum tipo a gente sempre sabe que é, mas e o meu?
Eu não tirei 2.500 fotos em, não sei, uns 5 anos, só por me amar e me achar linda, é que eu tenho um terrível medo de envelhecer, não é uma questão de amadurecer, eu adoro saber que hoje eu sei muito mais do que há 5 anos, mas eu tenho medo de como eu vou me parecer daqui 30 anos.
Acontece que eu não tenho nenhum problema com feiúra, em nenhuma idade, acho natural e até desejável, acho que a beleza é a melhor coisa do mundo quando bem usada, mas normalmente as pessoas não sabem usá-la o que me leva a desprezá-la um pouco, enfim, enfim, a grande questão e o ponto que venho querendo chegar é que eu não espero que ninguém seja bonito além de mim e não é pra ninguém que eu quero ser bonita, só pra mim, de verdade. Por isso eu registro o que dizem ser a melhor fase de qualquer ser humano, por volta dos vinte;
Eu queria poder conservar esse mesmo rosto, esse mesmo sorriso pra sempre, mas como não é possível conservo em imagens, o que chega a ser até triste. Mas é a Ferdi, sou eu. Eu e minha beleza líquida, que nem é tão grande assim, mas é minha, é o rosto que eu aprendi a ter e amar e apresentar por aí, o rosto com as carinhas que só combinam comigo porque eu sou eu, como se eu tivesse treinado a vida inteira pra ser assim e depois disso vou me parecer cada vez menos com meu ideal de mim;
Mas sempre terei minhas fotografias.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Não é legal ser uma pessoa totalmente correta.

Deixando claro que eu disse TOTALMENTE.
Porque no meu código de conduta existe o certo e o ideal de certice, o certo é fácil de fazer, só não mentir pra si mesmo e não fazer nada que possa magoar alguém que você ama e que confia em você.
O ideal é nem pensar em tais possibilidades e se as possibilidades vierem até você vetá-las totalmente e deixar claro porque você vetou, sabe?
Ah, não quero terminar esse texto.
Porque eu sempre sou totalmente correta e é difícil saber se são totalmente corretos comigo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

And you know it's a Lion's heart.

Eu tinha esquecido da beleza que pode ser compartilhar numa amizade. E a graça é que eu lembrei disso graças a um daqueles amigos que nunca se sabe se são amigos. Aquelas pessoas que você tem extrema admiração e bem querer mas não sabem quase nada sobre você e vice-versa. Mas tem aquilo que se sabe e se admira. Seja um gosto em comum por bandas, ou conversas esporádicas que fazem bem, seja acompanhar vídeos na internet, saber que a pessoa está sempre por ali, mas talvez mesmo pela admiração (admiração trás receio de não ser bem aceito) ou por achar que não se terá o que dizer sem parecer deslumbrada o tempo todo a gente deixa a amizade pro tal futuro abstrato.
Eu tenho um problema grave a respeito em ser linear e seguir pensamentos, é que eu sempre penso que estou perdendo algo de outra coisa. Sabem?
Um dos meus maiores medos é não ter assunto, então minha vida é basicamente uma tentativa de recolher fragmentos que possam tornar uma conversa interessante ou divertida. Não que eu seja lá muito bem sucedida na coisa, mas eu tento, estou sempre tentando.
Tem coisas que eu não quero nunca contar pra ninguém, eu deveria nunca contar nada, mas isso faria de mim uma pessoa pouco interessante. Tenho encontrado mais coisas externas pra entreter, não acho mais legal usar minhas angústias pra fazer as pessoas morrerem de rir ou se sentirem bem com elas mesmas, não é como se fosse uma profissão ou uma obrigação.
Eu tenho o direito de ser desinteressante;

Não é que eu queira de volta, eu só sinto saudade do que sequer aconteceu, eu só acho que em outro momento teria deixado tantas boas lembranças, tantos sorrisos e carinho de verdade. Acho que em outro momento daria pra ser tão feliz sem nenhuma culpa. Eu acho estranha a maneira como a vida correu. Mas que bom. Gosto do jeito que ela está.
Se a gente fala muito sobre algo a tal coisa vai gastanto, por isso eu não vou falar mais, sobre nada, nada que eu ame de verdade.
Então é isso, beijos, tchau.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Trasgos, Pedras e Maricas.

Bang! Bang!
Chuva ácida que era só orvalho.
Bang! Bang!
E um massacre que era batata-quente.
Um telefone anunciando a morte. Da rosa que você ganhou ontem.
Essa sensação de que a vida perdeu o sentido. Por alguns minutos.
E sempre voltar ao
Bang! Bang!
Que não acerta ninguém.