segunda-feira, 27 de abril de 2009

Bolhas de sabão explodem com cautela.

O tempo vai passando e uma folha cai, Um homem morre, Um bebê nasce, um desenho se forma na nuvem. Em dois (e não somente um) segundos nasce uma paixão, Alguém derrama leite quente em cima do pé e grita, Um velho homem sente cheiro de limões e se sente no paraíso. Então uma criança pobre pela primeira vez sente a areia quente entrando em seus dedinhos E três segundos depois, Antes de poder experimentar seu primeiro mergulho: Morre, de tanta felicidade, ela não sabia amarrar seus cadarços. Uma garota lê "Amor nos Tempos do Cólera" e por isso tem uma idéia genial, Anota em um caderno e esquece. Se não tivesse poderia ter expandido algumas milhares de cabeças, Mas memória humana é fraca e se perde em papéis. Outra menina da mesma idade que se leu dois livros foi muito, Apanha do namorado há três anos, Começou a se cansar, mas não sabe o que fazer. Tem gente desenhando do outro lado da rua, Cores fortes com tintas baratas. O mundo segue seguindo com seus moinhos de ventos e sentimentos despedaçados, Os relógios tictaqueando leves canções que não escutamos. As frutas apodrecem e um dia.. ah, um dia a gente morre.

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