sábado, 25 de abril de 2009

Uma espécie de justiça.

Então eu me perguntava se a vida valia a pena sem ter sorrisos. E enchendo bexigas sabia que aquilo mais limpar vômito de criança seria uma espécie de inferno, com outro nome que ainda será inventado, porque esse é tosco. Andando no parque eu vi um homem bater na face de uma criança absolutamente linda, depois dela simplesmente ter pedido um sorvete, com força e na cara, então minha vontade foi matar aquele imbecil com qualquer coisa que eu achasse por perto, mas não achei nada. Depois de "Pacto Sinistro" minhas mão pareceram adequadas, mas por carregar uma criança também absolutamente linda no ventre refleti se seria um bom exemplo até concluir que sim. Depois de cuspir na cara daquele corpo inerte eu levei aquele bebê lindo que seria um irmão do meu filho a partir daquele dia pro hospital mais próximo. Ele chorava. Mas eu sabia que não era pelo seu pai, padrasto ou qualquer coisa que aquele agressor deveria ser pra ele e não era, ele chorava de medo, ele nunca mais confiaria em ninguém plenamente, por desde de bebê ter que aprender com pancadas que ninguém, absolutamente ninguém é confiável, nenhum pouco. Então depois de alimentá-lo e batizá-lo de Drácula eu fui comprar pra ele algumas capas negras que depois eu personalizaria. E ele ficou lindo, mais lindo ainda. Mesmo com o rosto marcado e cheio de pontos ele era a criança mais bonita que eu já tinha visto até então. Nos adaptamos um ao outro, eu sabia que ele não sentia falta de quem quer que fosse porque qualquer um teria que protegê-lo da minha 13ª vítima. O engraçado é que as outras doze pessoas que eu já havia matado não me deixaram heranças, nem um gato sequer, nada. Injustiças de ocasião que se repetiam até alguém ter que silenciar e eu era esse alguém. (...)

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