domingo, 31 de janeiro de 2010
I just lost my mind.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Londres, São Paulo.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Lágrimas veladas.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Mãos e mente.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Encontre o fim.
Eles tinham uma bela piscina e nós fomos.
A casa era linda, alegre e cheia de crianças, a comida vegetariana e as boias de piscina muito coloridas, tinha também uma cascata artificial e sorrisos.
A abundância de pinheiros em volta da casa tornavam o ar fresco e a trilha sonora eram os pássaros que cantavam doce, nada me incomodava.
Eu era magricela com meus cabelos escorridos e quase brancos de tão loiros, diziam que meus olhos eram amarelos e eu adorava todas as cores, e meu biquíni continha todas elas.
Eu entrei pra beber água e conheci o dono da casa, não tinha porquê ter entrado, tinha tudo lá fora, mas eu entrei mesmo assim.
O chão do lugar inteiro era de areia.
O dono da casa não era alto nem baixo, um sujeito sério que andava de terno e tomava whisky num dia e numa situação como aquela sentado em sua sala moderna, eu o cumprimentei e ele acenou a cabeça, tinha os olhos semi-cerrados, como se planejasse algo, eu não dei muita atenção. Mas quando estava saindo não consegui sair, me vi presa em um quarto onde o chão era coberto de areia, não entendi muito bem, nem senti medo, mas sabia que se não escapasse morreria e morri.
Eu entrei pra beber água e conheci o dono da casa, não tinha porquê ter entrado, tinha tudo lá fora, mas eu entrei mesmo assim.
O chão do lugar inteiro era de areia.
O dono da casa não era alto nem baixo, um sujeito sério que andava de terno e tomava whisky num dia e numa situação como aquela sentado em sua sala moderna, cumprimentei-o e ele acenou a cabeça, tinha os olhos semi-cerrados, como se planejasse algo, eu não dei muita atenção. Mas quando estava saindo não consegui sair, reconheci a situação e olhei em volta, agora a neta mais nova dele e meu irmão estavam comigo, mas ele não os enxergava, ela me deu uma pá.
No quarto eu cavava de um lado e ela do outro lado da saída, eu perguntei alguma coisa e ela me disse por telepatia que eu só devia cavar e correr para os elevadores.
Meu irmão estava com três anos, sem entender nada e preocupado, estava com um pijama de calças azul bebê, blusa comprida creme e dois ursinhos azuis no centro, estava lindo. Minha amiga devia ter sete anos, era magrela e inteligente, parecia que sabia de muitas coisas que eu desconhecia, tinha os cabelos loiros escorridos e olhos verdes profundos, era forte e cavava mais rápido que eu.
Quando eu finalmente consegui escapar ao invés de segui-la como ela pediu, corri pro outro quarto, pra tentar salvar meus materiais de pintura, a porta estava trancada e o avô dela dormia no quarto da frente, ele acordou.
Quando saiu de lá era uma japonesa, uma japonesa de olhar sério, quase bravo, usava um terno de executiva e uma saia do mesmo estilo, sua blusa era vermelha e seus sapatos de salto.
Ela andava como se não nos visse, mas eu sabia que tinha estragado tudo.
Quando cheguei nos elevadores que já estavam no nosso andar entrei em um deles, mas as crianças ficaram no mesmo que o da japonesa, eu comecei a rezar chorando e quando chegamos no térreo as crianças estão salvas, meu irmão tinha um ursinho de pelúcia na mão e a japonesa não estava mais lá. Nós fomos pra casa. Ou eu acordei.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Preguiça.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
John, I'm only dancing..
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Senhor Banana Dourada.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Raridades.
Há quem seja raro. E eu conheço muitas raridades.
Por exemplo duas menininhas..
Ela fazia teatro e ouvia Regina Spektor, tinha os cabelos enrolados, o sorriso mais acolhedor do mundo, complexos que irritavam amigos e estava passando por uma fase triste quando a conheci. Era linda e diferente. Pequenina, pele morena, roupas divertidas.. muito rara.
Ela gostava de (quase) tudo que eu gostava. Tinha olhos de jabuticaba que se fechavam quando ela sorria, cabelos brilhantes, macios e soltos, voz doce e o melhor abraço do mundo. Era um pouco mais alta que eu, coisa que me fazia sentir segura quando a abraçava, era acolhedor, salvo. Tinha a pele branca como a paz e tênis coloridos.
Nós costumávamos andar juntas, eventualmente eu saia só com uma delas, mas normalmente era com as duas.. parecia mais completo assim.
Falávamos de filmes, músicas e pensamentos, observávamos o que os outros normalmente não e às vezes, sem querer, falávamos em coro.
Sempre que eu voltava de um passeio com as duas me sentia mais leve e mais pesada, me sentia introspectiva, pensativa, revia toda a minha vida.. elas eram críticas severas e doces, como minhas consciências.
Certa vez eu decidi que escreveria um livro sobre nós, queria que o mundo compartilhasse aquela relação tão absurdamente produtiva e infinitamente aquecedora de coração que eu tinha, mas desisti em seguida.. ninguém entenderia o quão fundo elas estavam na minha alma.
Algumas pessoas são raras, como diamantes. E tem umas que eu não trocaria por todos os diamantes do mundo.
Por exemplo duas menininhas..
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Respeito.
Eu não sei mais o que é ser respeitada, porque antes disso prefiro respeitar minhas vontades.
Eu estou doente, sabem?
Bem doente mesmo.
É uma doença emocional, já tive esse tipo de erupção pelo corpo inteiro, de qualquer forma não é bonito de se ver, mas com ou sem elas acabo de dar de cara com minha parceira da noite anterior, já são três horas da tarde, mas nos divertimos bastante e eu deixei ela dormir até a hora que fosse, aproveitando a tranquilidade pra fazer minhas traduções e ver se conseguia escrever um pouco.
Ela é bonita, tem grandes olhos azuis, cílios cumpridos, corpo magro e atlético, está só de calcinha e sutiã, sua pele é clara mas está bem bronzeada, com os pelos loiros e eu não sei seu nome, parece interessante.
Acordou me contando um sonho que teve, diz ela que ia pular de pára-quedas com um senhor desconhecido, mas quando ela olhava não tinha pará-quedas, tentava cair em alguma construção mas acabava caindo mesmo no chão, ficava muito dolorida mas não morria.
Eu prefiro pensar que os homens e mulheres com quem tenho transas casuais são inteligentes e/ou interessantes, além de bonitos, minha superficialidade se nega a ser tão superficial.
Ouve uma época da minha adolescência que meu instinto libertário começava a aflorar, depois de anos e anos de repressão, começava a aflorar mas, minha moral ainda falava mais alto e eu, covarde que era, neguei minha essência dizendo que fugia dela.
Mas sempre soube que uma hora teria que ser o que anunciava.
Sabe o que é melhor? Eu nunca sou o que seduz, não preciso me preocupar com essa fase chatinha. Sim, acho chatinha e prefiro ser desejado.
Isso porque sempre sou pelos que desejo, claro.
Ela se aproximou de mim no bar e disse:
- Seu cabelo é lindo.
- Seus olhos também.
- Gosto dos seus seios.
- Eu, das suas pernas.
- Meu apartamento ou seu?
- Meu.
E viemos.
Agora eu sei que ela costuma sonhar, tem medo da morte e talvez, de uma referência paterna que a empurra pra baixo.
Sem mais análises, não gosto muito de quando elas ou eles sentam na minha poltrona, com minha xícara preferida e ficam me olhando com os olhos sempre bem delineados, não sei como reagir.
Ela me perguntou se eu gostaria de conversar, respondi que só se ela nunca mais quiser transar e ela respondeu:
- Então é melhor eu ir.
E me passou seu telefone.
É de gente assim que eu gosto.
Ultimamente não sei mais se me coço ou me masturbo.
De qualquer forma, dane-se, não estou me justificando, duas necessidades fisiológicas.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
So.. this is the new year?
Quem poderia culpar-me o ceticismo?
Eu decidi não acreditar mais no ano novo.
Que crédito incrédulo fazemos todos votos.
E que o novo ciclo...?
Bem, que comece o novo ciclo e seja novo pra quem quer.