segunda-feira, 11 de julho de 2016

Dor de cabeça

O dia acordou feliz e logo mudou muito.
Àgua no rosto, escorendo quente e desamparada, como se ninguém no mundo soubesse ou se interessasse.
Uma cortina dupla de mágoas e planos não concretizados, como um jardim onde a grama tivesse esquecido de crescer.
A melancolia da existência é inerente a todos nós, ele me disse.
Disse também que extirparam nossas raízes e qualquer noção de conforto que pudéssemos achar no mundo.
O rio é frio e fundo, mas também tem uma cor que ninguém entendeu, ninguém reparou.
A inevitável decadência do ser.
Ou só será transformação?
Nosso melhor palpite não passa disso.
E os dias não passam disso.
Os dias não passam, as mágoas também.
É como se o seu espírito fosse uma força de pedra que não te deixa mover até se estilhaçar.
É a voz chateada dos planos mal planejados. De novo? Hoje também?
Sim, mas semana que vem...
Eu tenho aula.

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