domingo, 11 de outubro de 2009

Me dá um tema?

Vida é feita de temas. Eu quero meu tema! Meus temas, bem como o de todas as outras pessoas, são bem embaralhados. Não sou nem artista, nem menina, nem poeta ou escritora, não desenho, pinto ou toco, nem falar eu falo, se me sujo, me divirto, se estouro é por prazer, bolhas coloridas só em algodão e do tecido vem o saber. Não, não sou nenhuma moira! E tu também, não és nenhuma Dorotéia. Não. Tu és tu, rapaz, moça, guria! Bem que somos assim, na areia, da areia capitães. Somos? Do sertão cangaceiros. Do amor, prisioneiros. Bem que somos.. Somos pretos e brancos, somos pardos e somos vazios, na nossa imensidão de cheiúra. Há quem diga que nem somos. Cidadãos do mundo, é o que eu penso, acima de tudo, humanos. Ou não somos? Há que não seja nem de lá nem de cá, sabe? Eu acredito nisso. No meu Ogum, minha Iemanjá, Oxalá está comigo e eu sou toda deles, dos meus guias, minhas fés, peregrinações. Nações inteiras correndo atrás de um sentido que está dentro sempre de nós, é tudo coisa que a gente pode controlar com a cabeça. A gente pode. A aruanda, alecrim, bejuim e alfazema. Se o tarô diz e confunde, é que a gente tem algo errado! Algo que tem que mudar. Se uma semana sai "diabo" e na outra "julgamento" é que a gente tá aprendendo, tá suando. Suando.. Se você termina a peça molhada de suor e com vontade de chorar de emoção, se você quer abraçar todas as crianças e brigar com um amigo pra depois tudo ficar bem, é que você tá vivo, você tá vivo e é tudo que alguém pode querer. Eu estou viva! Me dá meu tema?

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