sexta-feira, 19 de março de 2010

Um abraço ou uma despedida decente.

exatamente um ano atrás cá estava eu, nesse mesmo lugar, nesse mesmo assento, até, com esse mesmo jeitinho, esperando pela mesma coisa que em breve chegará.
exatamente um ano atrás minha personalidade era tão igual e tão distinta.
Lembro que costumava ter muito ciúme, confundia amor com posse, era extremamente egocêntrica e me magoava de forma extremamente extravagante por coisas que seriam incrivelmente insignificantes para sentimentais saudáveis.
Era também antes uma boa menina, acho que só sabia muito pouco da vida, tinha vivido muito pouco e sofrido por demais.
Eu, praticamente, só conhecia a dor.
É engraçado estar aqui na mesma espera exatamente um ano depois sem ter planejado nada e só ter notado agora.
Conheci tanta gente, tantos novos sentimentos, experiências, novos escritores, cineastas, cantores.
E engraçado pensar que se há exatamente um ano atrás eu não tivesse vindo esperar aquele garoto talvez, metade (ou mais) de, tudo isso jamais teria acontecido.
Engraçado e triste saber que exatamente um ano depois ele volta pra essa mesma cidade e dessa vez não quer me ver.
Meu medo de que tudo aquilo acontecesse de novo por amar. Eu era tão frágil.. Sanidade dele querer se afastar de um ser assim.
Insanidade não me deixar, exatamente um ano depois, tentar pedir desculpa por todo o possível mal que causei e mostrar que agora eu não sou como antes, que eu estou diferente, diria.. curada.
Eu não magoo mais por medo de amar, eu só amo, amo de verdade e se me magoam eu sigo em frente, magoas fazem parte da vida. Eu aprendi muito em um ano.
Porém a vida é assim e ele tem todo o direito de me repelir, de ter medo, raiva ou simplesmente ter cansado.
Então eu prefiro pensar que tudo é assim porque o menino dos cabelos de criança e abraço protetor não tem mais nenhum abraço pra me dar.
Crio esse pensamento pra não manchar as páginas do caderno com lágrimas salgadas. Mas ele não me convence e eu vou, mais uma vez eu vou procurar uma forma de tentar chegar até ele, uma forma de implorar uma segunda chance.
 Por que será que nunca me dão segundas chances reais?
Eu queria só mais uma, uminha.
Não pediria nada em troca.
 Mentira, eu pediria sim: pediria um abraço sincero.
Ou, quem sabe, uma despedida decente.

8 comentários:

Érica Ferro disse...

Fins não são legais, ainda mais mal finalizados, sem um abraço apertado, um sorriso eternizando o adeus.

maria elis disse...

se você resolveu correr atrás mais uma vez, o que acha de ser um pouco mais otimista e pensar que dessa vez tudo poderá ser diferente?! (:

sorte.!

beijas fê :*

Anônimo disse...

Viu, vc sabe que eu já te adoro, né?
Mas acento com C é pra acentuação. Pra cadeiras e bancos é assento. Pode excluir esse depois de ler.
bj

Anônimo disse...

Vamos às considerações.
Esse negócio de último abraço de despedida massacra mais que ajuda. Lógico que a gente quer e diz que não, vai ser uma despedida, mas não vai. É aquela nossa esperança de apaixonada que acha que a pessoa vai nos olhar e ver que somos o amor da vida dele.
(Eu sei que isso que vou dizer agora vai soar amargo, mas penso ser apenas pragmatismo) Isso não vai acontecer.
Se ele não lhe procurou... infelizmente a gente já sabe a resposta.
E sim, com certeza mais que absoluta, se ele não vê a pessoa gentil, delicada, engraçada, fofa e atenciosa que é vc, ele não te merece. Soa puxa-saquismo, mas é a mais pura verdade. Vc é o máximo, menina!

Quando a gente ama, não tem final perfeito. O perfeito seria o não-fim.

Merda, né?
Eu sei, repito esse mantra todo dia, pra não correr atrás e me humilhar (ainda mais), rs.

bjs!

Camila Pitta disse...

Sempre fui de pensar muito antes de fazer as coisas. E nessa situação em que se encontra, aconselho: não pense, FAÇA!
A gente tem que aprender a agir com o coração na grande maioria das situações... Por que não arriscar? A vida é feita disso, de risco... o tempo INTEIRO! Pensa bem... (:
Adorei seu blog, escreve bem moça!
Beijos :*

a.r.k. disse...

Domingo de tarde na cultura, pode ser ?

Andarilho disse...

Eu acredito que segundas chances não existem, a não ser em filmes e histórias.

Sardinha Mestre disse...

Abraços, despedidas e segundas chances... isso vai contra tudo que eu tenho "pregado" nos ultimos dias... mas eu posso ser sincero por um momento e dizer q as vezes eu tento acreditar que essa segunda chance vai chegar.