terça-feira, 28 de julho de 2009
A atriz escreveu aos prantos.
Pela vida e pela vontade,
Pelo sal e pela saudade,
Pelo amor e pela verdade,
O que foi e o que poderia.
Pela paixão e pela revelia,
Chorava por sua solidão - bem - acompanhada,
Por seu sentimento reciprocamente esmagado, desgastado.. acabado!
Por mim, por ele, chorava pra si,
Encenava a vida encolhida no sofá,
Escutava Méliès falar da dor em francês,
Desejava um registro, um olhar, que alguém a surpreendesse.
"Por que você não come?"
Por que eu não posso ser honesta?
Pra que magoar?
Por que se confundir tanto?
"Por que você precisa de 'por quês'?"
Queria que passasse e passou.
Foi pra onde?
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