quarta-feira, 15 de julho de 2009
Eu invento.
Invento amores, tiros, drogas.
Invento que gosto, que gostavam de mim, que deixei de gostar.
Invento desenhos, passo a colorir, depois rasgo tudo.
Eu invento.
Invento que sou, que voltei, que falei.
Invento a vida, desinvento a arte, finjo ser nada.
Invento partidas que nunca partem, jogos que não existem, química anulada.
Eu invento minhas xícaras e meus cafés, meus chás e meus chalés.
Invento abraços, invento feridas, invento dores reprimidas.
Invento de ser e de fazer, mal entendidos do acaso eu invento.
Invento minhas lágrimas e meu carnaval, invento um você que passa e não volta.
Eu invento motivo pra minha dor que dói sem motivo.
Eu invento medidas que não cumpro e com vergonha volto atrás.
Eu falo demais e invento, tudo que falo é inventado.
E até inventar que inventei, eu invento.
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4 comentários:
Me lembrou um poeta (muito foda) chamado Manoel de Barros "Nada do que não invento é verdadeiro"
eu sou marcia goldschimit, e essa é a hora da verdade UEUHEU
legal o texto, fez pra você?
Eu invento que leio esse blog e invento que gostei muito do texto.
Afinal inventar é viver.
Vou procurar saber sobre ele, Ka.
UHAODASDHIUAS, MONGO!
Fiz pra mim, né, quem é a inventora drama queen?
\o/
Inventar é viver.
E eu invento a vida inventando que desinvento, sometimes.
Que bom que gostou :*
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