quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Há quem saiba viver vivido.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Sinto muito a covardia.
Não te apóio, mas é claro que eu te desculpo.
Você tem que fazer o que voce acha melhor pra sua vida, já que voce escolheu isso então faça bem feito, só por favor não deixe de terminar de verdade o ensino médio!
Eu espero que voce tenha muita sorte na sua carreira, mas infelizmente a sociedade pede que voce tenha o grau completo até pra ser lixeiro.
Não que isso queira dizer alguma coisa, porque tem gente com muito mais formação que nós duas juntas e tem menos cultura que você sozinha.
Enfim, não se preocupe com que eu possa pensar da sua vida afinal meu lema tem sido: faça o que tu queres pois é tudo da lei. (:
Te gosto muito muito muito. :D
E isso se chama amizade, compreensão e realismo. Eu sempre vou te admirar!
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Quão cruel o ser humano pode ser?
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Reabilitação de coração.
A verdade é que ando pensando em tanta coisa que no meu turbilhão de pensamentos tudo fica meio vago, muito complexo, tão cheio que não consigo me concentrar em nada em especial.
Me sinto quase vazia, de tão cheia.
E me sinto sozinha, muito sozinha, o que é estranho, já que tenho amigos ótimos e presentes, está certo que não tanto quanto eu gostaria, às vezes até pela minha falta de tempo, eu sei, mas na medida do possível eles querem e estão sempre por perto, mesmo assim me sinto uma ilha.
Talvez seja a adaptação de um estado plenamente apaixonado pra um alguém que agora só ama.
Em mim não existe mais perna bamba, não existe gagueira ou exasperação, só amor tranqüilo e não-romântico, só uma amizade pelas coisas e pessoas, nada de paixão, nadinha. Talvez por isso esse sentimento de solidão..
A gente demora a se desintoxicar de vícios que eram definições:
- Quem é você?
- Eu sou uma menina que é sempre muito, muito apaixonada por tudo.
Hoje passeando na rua quase me apaixono pela imagem de um avião passando bem perto da lua já da manhã, logo depois vi uma nuvem atrás de uma árvore florida e foi por pouco, depois meu professor me sorriu aquele sorriso debochado e.. quase.
Sorte que agora eu consigo me controlar e nunca mais vou ter que me aborrecer com as incertezas e desesperanças ou passar pelo ridículo que é a paixão, ufa!
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Abandono de palavras.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Vl. Marlene, eu te amo!
Eu devo estar me mexendo mais do que o normal e falando mais alto do que imagino, porque já estão olhando, deve ser o mp3, tira toda minha noção de volume.
Eu adoro estar aqui, viu?
Adoro ficar esperando 3 horas por um ônibus, é tão gratificante. Obrigada por existir, Vl. Marlene, obrigada por parar na frente do meu prédio e obrigada mais ainda por demorar tanto.
O que mais se pode querer de um ônibus?
Ele pára na frente do meu apartamento, quase entra e me deixa no sofá, o que me impossibilita de pensar em pegar outros ônibus e demora mil anos há passar, que bênção!
Eu gosto tanto, mas TANTO de esperar ônibus que se o mundo fosse justo isso seria a única coisa que faria da vida.
Se as pessoas só fizessem o que gostassem eu passaria a vida ali, vendo os carros passarem, sentindo frio, vendo a chuva cair e casais felizes se agarrarem, sabe?
Se eu pudesse ficaria lá e esperaria o ônibus pro mundo inteiro, assim, quando pessoas que gostam de ler, fazer contas ou tocar piano tivessem que pegar um ônibus seria só entrar nele, porque eu já teria esperado, por todos eles.
Perfeito, não? Pena que o mundo é injusto e eu só posso esperar por mim.
CHEGA VL. MARLENE, eu vou respirar fundo, vou sim.
Pronto, estou respirando fundo, bem devagar, isso, estou legal.
Escutei um barulho de tiro, senti o mesmo passando por dentro da minha barriga, olhei o sangue jorrando, todo mundo saindo dos caros (o farol estava fechado), minhas pernas tremeram e quando eu ia cair morta percebi que tinha inventado essa história pra acabar com meu tédio. Que morbidez!
Mas tudo bem, eu vou aguardar tranqüilamente, viu? Porque eu te amo, Vl. Marlene, eu te amo.
Olha, acabei de assistir um filme angustiante, ontem vi o pior filme da minha vida, estou há dois dias sem teatro e você demora tudo isso por quê? O que eu te fiz? E por que o ônibus da Jenny teve que chegar tão rápido?
Porque, olha, eu poderia estar conversando agora, mas estou aqui. Você é tão injusto.
Por favor Vilinha, por favor, apareça.
APAREÇA!
Por Peter Pan, eu sempre sou paciente, você sabe, por que justo hoje? Eu vou chorar..
Ai, obrigada, obrigada, Vl. Marlene, eu te amo, eu te amo, ok?
Te amo muito:
- Boa noite.
- Boa noite.
Por que o motorista não me dá o troco? Aliás.. que motorista é esse? Eu conheço todos os motoristas do Vl., somos quase amigos, digo, quase conhecidos, se vise-os na rua sem ser a trabalho quase os cumprimentaria e aposto que eles fariam o mesmo. Que esse stranger está fazendo te conduzindo, Vl.?
Aimee Mann é um máximo mesmo, pelo menos tenho ela.
Eu devo estar parecendo deprimida pra caramba. Estou? É que, sei lá, você sabe que às vezes nem quero chegar em casa, que gosto do caminho de casa, mas hoje estou com uma angústia, talvez esse filme, sei lá.. Quero chegar em casa e justo hoje está demorando mais que o normal. O motorista novo não deve saber o caminho direito.
Estranho, essa menina parece conhecê-lo.
Free? Quê? Meu Zeus, como assim? Que liberdade é essa?
Então quer dizer que a última viagem é sem radinho? É "Free"?
Ele pode nos levar pra onde quiser? Pode acionar o botão secreto de vôo do ônibus e nos levar pra um laboratório secreto da NASA que fica no espaço? Ele pode se jogar da ribanceira com a gente no ônibus? ELE PODE NÃO PARAR QUANDO EU DER SINAL?
Céus, que medonho dar liberdade assim pra outro alguém. Eu não quero que ninguém seja tão livre, chega, casinha, chega..
- Moço, logo que virar a esquina da Margarida Gonçalves você pode parar por favor?
- Anh?
- Logo que virar você..
- Ah, paro sim.
- Obrigada, boa noite.
- Boa noite!
Ufa..
É quase tudo continuação..
Eis que um casal senta ao meu lado, um casal bonito, que parecia se dar bem e ressaltou mais do que nunca minha vontade de continuar sempre sozinha nessa questão.
Apesar de invejar o toque de mãos, o olhar de carinho, os abraços.. são as satisfações, as explicações, as tentativas patéticas de causar ciúme e a não-liberdade que me mantêm plenamente confiante.
O anel do meu irmãozinho, que eu achava que ficava perfeito no "seu vizinho", quando dele tirado deixou uma marca, um inchaço, uma dor, quase uma cicatriz, ainda bem que não chegou a tanto. Relacionamentos românticos são como anéis, relacionamentos e anéis.. Deve ser justamente por isso que um é símbolo do outro, deve ser..
Deu vontade de falar que também estou "me sentindo viajante" e que queria brigadeiro, sai da casa da Fê querendo, mas são tudo continuações..
Primeiro filme: Rumba, estou com vontade do meu Talento verde que está me chamando da mochila.
No mínimo do mínimo o filme é sádico. O tempo todo nos faz rir, fato. Mas de coisas tão absurdas que a gente até se sente meio mal. Ótimo, recomendo, mas não pra personas sensíveis demais.
Segundo filme: Um dia de Rainha.
Não entendi a relação do filme com o nome, mas é bem legal anyway. Várias histórias que se entrelaçam, com muita decadência, imoralidade, temas polêmicos e humor francês. Muito bom, recomendo, mas não pra quem está acostumado com romance bobo.
Terceiro filme: Glória ao Cineasta.
Você já assistiu "Glória ao Cineasta"? Como já mencionei eu fui sozinha ao cinema, o que me fez ficar com mais cara de interrogação ainda quando o filme terminou.
O garoto que se comunicou comigo durante o filme era tão ou mais tímido que eu e quando o filme acabou eu não tive coragem de perguntar o que ele tinha achado. Ele era bonito.
Fiquei sem saber se achei a pior idiotice do mundo ou se achei deveras engraçado, eu realmente não sei. Sério. E só recomendo pra se algum de vocês for mais esperto [?] me explicar depois.
Sai da sala com cara de interrogação e assim permaneço até o presente momento.
O relógio aqui do meu lado diz que agora são exatamente 6:22 da manhã e está fazendo 18 graus, 1 grau a mais do que considero a temperatura ideal, não está mais escuro, mas a claridade ainda não me incomoda.
Eu queria escrever, mas não queria sentar no meio daquele monte de gente e escrever. Daí deixei pra lá, ia pegar o metrô consolação mesmo, mas quando fui descer as escadas três meninos bêbados (um deles quase perdendo os sentidos) também o estavam fazendo, aproveitando que a Paulista é um lugar plano e está frio resolvi andar um pouco mais e vir escrever debaixo do MASP, gosto de ficar aqui, apesar de ter uma goteira pingando do meu lado.
O energético que eles forneceram deve ser mesmo muito potente porque meu dia foi bem longo, minha madrugada mais ainda e não tenho a mínima vontade de rumar pra casa e repor minhas energias pra amostra, talvez porque ela seja só de noite, o que me dá o dia inteiro pra dormir.
No meio do sorteio tinha uma camiseta do Laranja Mecânica, a mais diferente e absurdamente linda que eu já vi, cobicei ela muito, não ganhei. Só ganhei a lembrança daquele olhar de criança no meio da multidão, a menininha devia ter a idade do meu irmão. Nunca vi olhos mais expressivos, nem os olhinhos dourados são assim, é como se a maquiagem do Alex fosse natural daquela face, daquela fração de segundos que vi aquele olhar.
Tive vontade de fotografar e levar pra vida, levarei, só no campo da memória mas não acredito que possa vir a esquecer disso. Imagino como era o todo da criança, já que, incrível que pareça só vi olhos. Só olhos.
Ou será que eles são tão encantadores que o "resto" dela se faz invisível?
Será que só se pode notar os olhos?
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Telefonema no cinema.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
A avó do meu não-filho.
Terça-feira, no ponto de ônibus, precisava pegar um desconhecido, tentei me informar perguntando a senhora ao lado que, muito solicita, me informou e depois puxou papo.
Simpática ela, atenciosa e extranhamente super protetora.
Por coincidência pegamos o mesmo ônibus, digo, ela disse que queria pegar outro, mas aquele servia, então ótimo, mais alguns momentos conversando com a gentil senhora.
Ao entrarmos ela se ofereceu para pagar minha passagem, eu recusei e agradeci muito, achei de uma gentileza extrema, ainda mais quando vagou um lugar e ela ofereceu-o para mim.
Ela era uma senhora, perfeitamente saudável, dava para notar, mas mesmo assim eu também sou e sou jovem, enfim.. Recusei e novamente agradeci muito. Então ela fez a pergunta que eu estava esperando pra esclarecer as coisas:
- Hum.. você está grávida?
- Oi?
- O seu vestido é larguinho assim mesmo ou.. ?
Então eu coloquei meu vestido mais perto da cintura e respondi confusa:
- Não.
Ela, tentando se redimir da crítica que não tivera a intenção de fazer, disse:
- Sim, você está magrinha, está magra, não é por isso, eu só achei..
E as palavras se perderam.
Ao me olhar no reflexo de uma vitrine entendi tudo.
Usando o vestido que usava eu realmente não parecia gorda e sim grávida.
Não aparecia barriga alguma e nem nada do tipo, mas não dá pra explicar, eu fico com uma cara até materna (o que é muito estranho pra uma pessoa com as minhas convicções), não me senti ofendida quando ela perguntou, só realmente estranhei o fato.
E mais estranho ainda foi que, mesmo depois de saber que eu não estava grávida, ela continuou a me tratar como se fosse avó do filho que eu não levava no ventre.