sábado, 28 de fevereiro de 2009

We learn.

Quando eu era menor, digo, mais jovem (já que conservo a mesma estatura desde os 11 anos) tudo tinha que ser na hora que queria e quando não havia jeito e eu esperava, morria de ansiedade. Eu nunca gostei da idéia de envelhecer, a ponto de, na minha fase mais psico, ficar olhando pro relógio desesperada e pensando: "Um, dois, três, quatro, MEU DEUS, estou cinco minutos mais velha, tempo, por favor, pare!", com o mesmo tempo que jamais parou ou parará comecei a encarar melhor a idéia, não que tenha perdido a vontade de permanecer com um corpo eternamente jovem, só acabei entendendo que quanto mais envelhecemos mais sábios ficamos, se esse for nosso objetivo e esse sempre foi o meu. Por outro lado esse acúmulo constante de sabedoria nos torna cada vez mais críticos e se somos, moralmente falando, bonzinhos acabamos por nos decepcionar com o mundo. Por observar e refletir sobre todas as atrocidades que acontecem a todo momento ao nosso redor, às vezes sem entender o por quê de tudo isso. Só que o viver traz mais algo de bom, a capacidade de enxergar os dois lados das coisas, ver o horrível e o maravilhoso do mundo. Nada é absoluto, tudo é relativo. Um dia desses me falaram: "É, agora a Ferdi deve saber que o mundo não é um moranguinho", sabe, eu discordo dessa pessoa, continuo achando-o um moranguinho: Tão amargo quanto doce e principalmente, muito, muito bonito! Da mesma forma que existem baratas, lagartos, cobras e tantas outras coisas que nos coagem, machucam e às vezes até matam, a todo momento estão por aí os sorrisos a nos convidar, as flores a nos alegrar e os instantes das bolhas de sabão a nos encantar, é tudo uma questão de saber pra onde olhar. Não sei como as pessoas tem a capacidade de complicar tanto a coisa tão tranqüila que é viver. Eu mesma não me reconheço a quatro meses ou menos atrás, era tão paranóica, doentia, dependente e complicada. Acho que melhorei esse tanto porque "MEU DEUS, estou quatro meses mais velha", que bom.. (: E nós continuamos, como diria minha adorada Alanis, amando e aprendendo, sorrindo e aprendendo, chorando e aprendendo, vivendo e aprendendo. E além disso não preciso de muito mais que alguns amigos sinceros, familiares amigos e oxigênio. :}

2 comentários:

Jenny Souza disse...

Ferdi texto genialissimo !


E mais queria mesmo falar disso que estava pensando outro dia, você me parece tão mais madura, centrada de poucos meses atrás para cá, é uma coisa que observei, acho que é real.

Mas assim, centrado num tipo deep da palavra, porque centrada, centrada mesmo, sabe que nunca seremos. :)

Beijos, te aime dich tushine (palavra de identificação) :}

Ferdi disse...

É, eu realmente estou so mch more tranüila mesmo.

O legal é que você pode observar o auge decadência e o quanto ela só teve consequências positivas pra mim.

Vivendo e aprendendo always, sabendo que nossa felicidade não depende de ningué, yeah. :D

Te amo, Jyn, muito mesmo, you're the cheese of my macaroni.