"Don't think about it..." ele me falou enquanto eu me chateava com meus infortúnios.
"I'll try." respondi sem verdade, eu não ia tentar, ia continuar me torturando com os pensamentos da injustiça que isso representava.
"Mãe, eu não consigo andar" foi o que eu disse antes de cair.
"Me compra uma muleta, por favor, me compra uma muleta" ela disse que eu choramingava enquanto dormia.
Olhares de dó me perseguiam na rua e gentilezas obrigatórias tomavam lugar do nada ou da perturbadora vulgaridade.
"Cadê a minha Noninho?" meu irmão se preocupava.
"Noninho, como está seu pé, sarou?" eu, confesso, chorava.
E tudo por quê?
Pela estúpida vontade de um dia poder ser bonita.
Valeu pés, valeu Deusão, vocês são jóia.
Um comentário:
Você deve ser uma das pessoas mais conscientes que conheço, mesmo quando eu aposto um braço que você não esta sendo, sim, você está.
Um beijão queridissima.
Postar um comentário